MEMÓRIA BAIANA
O grupo Cultural Ska Reggae aprovou pela Lei Aldir Blanc o projeto inédito de salvaguarda do ofício das Baianas de Acarajé, intitulado Histórias, Memórias e Acervos do Memorial das Baianas de Acarajé, que propõe uma reflexão sobre a preservação do ofício das Baianas de Acarajé, seus saberes e fazeres como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, desde 2012.
Em formato híbrido – online e presencial, o projeto abrange múltiplas linguagens para entregar produtos e serviços atemporais que valorizam a importância das Baianas de Acarajé, que são um dos símbolos da identidade baiana. Algumas alcançaram o status de celebridades como Cira e Dinha. Elas se dedicam a vender acarajé e outras iguarias das culinárias africanas e afro-baiana.
A regularização da profissão foi conseguida junto aos poderes públicos. Chega a ter uma caracterização recorrente nos desfiles das escolas de samba do país. Compositores brasileiros como Dorival Caymmi (O Que é que Baiana Tem?) e Ari Barroso (No Tabuleiro da Baiana) fazem referências a elas. Aurora e Carmem Miranda levaram a figura da baiana para os teatros e telas do cinema.
O projeto inclui a criação de um Museu Digital com registros documental e iconográfico sobre o ofício das baianas, seu legado ancestral e histórico e a catalogação do acervo pertencente à Associação Nacional das Baianas de Acarajé. Também prevê a edição do Livro Tradição Oficio e Práticas Cotidianas das Baianas de Acarajé, em formato digital (e-book) com base na tese de Mestrado da pesquisadora Vanessa Castaneda NYU (2014).
E ainda a produção de um documentário historiográfico intitulado Do Dendê ao Acarajé. A narrativa do curta-metragem se debruçará sobre a cadeia produtiva do azeite de dendê e sua relação direta com a produção de acarajé.
Lives gratuitas, no YouTube, vão reunir especialistas e consultores das áreas de empreendedorismo cultural: logística, patrimônio imaterial, atendimento ao cliente, gastronomia, empoderamento feminino e associativismo. No instagram e grupos de Whatssap, serão veiculadas ações para proteger o patrimônio imaterial do Memorial das Baianas de Acarajé.
Outra faceta do projeto é o curso Reprodução dos Saberes, Fazeres e Identidade, voltado exclusivamente para Baianas de Acarajé cadastradas na Associação Nacional das Baianas de Acarajé – ABAM, em 8 territórios e 15 municípios da Bahia.