Equipe da OMS visita mercado de Wuhan, primeiro epicentro da covid
CHINA Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) visitaram o mercado Huanan na cidade de Wuhan, na China, primeiro foco conhecido da pandemia de covid-19. O grupo investiga a origem do coronavírus no país.
O mercado, onde eram vendidos animais silvestres vivos, está fechado desde janeiro de 2020, e a segurança só permitiu a entrada dos veículos da OMS. Os membros da equipe começaram a investigação de campo na sexta-feira, após 14 dias de quarentena.
Esta visita é politicamente sensível para Pequim, acusada de ter demorado a reagir aos primeiros casos da covid notificados em dezembro de 2019 na metrópole do centro da China, que tem 11 milhões de habitantes - a cidade de São Paulo, para se ter ideia, tem 12 milhões.
O poder comunista pouco comenta sobre o assunto e minimiza o escopo da missão de especialistas estrangeiros: “Não é uma investigação”, declarou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, ainda na sexta-feira.
Ontem, os especialistas da OMS não responderam a perguntas quando chegaram ao mercado. Um deles levantou a janela do carro quando um repórter perguntou o que ele esperava da visita. Membros dos serviços de segurança disseram aos jornalistas presentes na área para saírem.
Além do mercado Huanan, a equipe da Organização Mundial de Saúde visitou na cidade o mercado atacadista Baishazhou e o hospital Jinyintan, que foi o primeiro a receber pacientes com o que era até então um vírus misterioso.