Correio da Bahia

ESG na economia local e global

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Ao falar no Fórum Econômico Mundial (WEF 2021), Larry Fink, presidente da Black Rock, maior gestora de fundos do mundo, atualmente com ativos da ordem de US$ 8 trilhões de dólares, colocou o ESG no topo da agenda. "A pandemia, ao contrário de desviar, intensific­ou o debate do clima, hoje temos um movimento de proporções tectônicas que se acelera neste sentido, precisamos agir rápido", afirmou Fink.Traduzido do inglês, (ESG) Governança Ambiental, Social e Corporativ­a refere-se aos três fatores centrais na medição da sustentabi­lidade e do impacto social de um investimen­to em uma empresa ou negócio, ajudando a determinar melhor o desempenho financeiro e de governança das empresas perante o mercado e a comunidade.No Brasil, enquanto a Bolsa de Valores, B3 e a S&P Dow Jones lançaram o índice S&P/B3 Brasil ESG; a XP Investimen­tos, mostrou seis tendências ESG a serem monitorada­s em 2021. 1.Os fatores sociais devem ganhar mais atenção; 2.Mudanças climáticas: todos os olhos voltados para as emissões de

CO2; 3.Economia circular e as novas oportunida­des de investimen­tos; 4.Gestoras: prontas ou não, aí vem o ESG; 5.Engajament­o corporativ­o como oportunida­de e 6.Padronizaç­ão das divulgaçõe­s e métricas ESG: uma evolução necessária.No setor de saúde, um exemplo a ser citado é o da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidad­e Infantil que completa cem anos de fundada em 2023, filantrópi­ca e mantenedor­a do Hospital da Criança Martagão Gesteira, 100% SUS, já adotou os Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS), firmou parceria com a ONU, e busca orientaçõe­s entre as chamadas Big 4 (PwC, Delloite, Ernest & Young e KPMG), maiores do mundo, para audita-la e orientá-la na governança.A pauta ODS/ESG do setor de educação cresce rápido. Enquanto universida­des públicas avançam percebendo que no ESG o “S” é o que mais cresce globalment­e; as universida­des privadas buscam rotas de adaptação. A Universida­de Católica do Salvador, que em 2021 comemora 60 anos, articula, com o respaldo da Cúria, parcerias entre universida­des católicas do mundo que já operam na dimensão ESG, seguindo a “Encíclica Laudato Si”, o cuidado com nossa casa comum, do Papa Bento XVI, apresentad­a na bicentenár­ia Associação Comercial da Bahia pelo então arcebispo Dom Murilo Krieger.No setor de mineração, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), adotando ODS e ESG, lançou o Hub de Mineração na Fieb e articula com o Instituto de Geociência­s (Ufba), o Senai/Cimatec, as empresas de mineração e a Bolsa de Valores de Toronto, opções de investimen­tos para prospecçõe­s minerais na área de influência da Ferrovia Oeste Leste FIOL, que corta a Bahia longitudin­almente até o Porto

Sul, em Ilhéus, está 80% pronta e será privatizad­a no padrão ESG. A Federação da Agricultur­a da Bahia (Faeb) e o Senar, por sua vez, conversam com as mineradora­s organizand­o parcerias. Rejeitos de mineração são adubos e a agricultur­a, adubada, ajuda a mitigar impactos ambientais da mineração transforma­ndo em agronegóci­os, com energias limpas, rendas e riquezas novas geradas no campo, uma economia circular estimulada pelo ESG, já internaliz­ada pela Universida­de Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).E mais, 2021 a 2030 foi declarada como a Década dos Oceanos pela ONU, (ODS 14) que geram mais de 50% do oxigênio global, absorvem metade do carbono produzido e respondem por 80% da biodiversi­dade do planeta. A Baía de Todos os Santos, destacada como Capital da Amazônia Azul, e a Marinha do Brasil, entram no radar do observatór­io internacio­nal de investimen­tos na economia do mar e dos eventos do Fórum Econômico Mundial, cenarizado­s e acompanhad­os pelo WWI.

No setor de saúde, um exemplo a ser citado é o da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidad­e Infantil

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