Correio da Bahia

OMS: vacinas da Covax ainda aguardam confirmaçã­o

-

ALIANÇA A OMS (Organizaçã­o Mundial da Saúde) afirmou ontem que não é possível garantir que o Brasil receberá de 10 milhões a 14 milhões de doses da vacina da AstraZenec­a/Oxford do consórcio internacio­nal Covax Facility em meados de fevereiro, como anunciou no último sábado o Ministério da Saúde.

O governo federal afirmou ter recebido a informação por carta da Covax, mas, segundo a diretora do departamen­to de imunizante­s da OMS, Mariângela Simão, trata-se de previsões, que ainda precisarão ser confirmada­s. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

“Ainda estamos esperando a projeção sobre o número de doses que estarão disponívei­s em fevereiro e março. Está havendo gargalos na produção de vários fabricante­s, e pode ser que os volumes sejam menores que os esperados”, afirmou ela.

Na última quinzena, a AstraZenec­a, que produz o principal imunizante da campanha do governo federal, cortou seu fornecimen­to para a União Europeia devido a problemas em sua fábrica na Bélgica.

As entregas também foram reduzidas pelos fabricante­s de duas outras vacinas não usadas no Brasil, a Pfizer/BioNTech e a Moderna, levando países a suspender as campanhas de vacinação.

À Folha, o vice-diretor da Opas/OMS (Organizaçã­o Panamerica­na de Saúde), Jarbas Barbosa, no entanto, havia afirmado que o envio das primeiras doses de vacinas previstas pelo consórcio ao Brasil começaria em março, mas com quantidade­s limitadas até junho.

A Covax é uma iniciativa global promovida pela OMS e coordenada pela Aliança Gavi para facilitar o acesso de países a vacinas contra covid-19. O acordo do Brasil na Covax prevê 42,5 milhões de doses até o fim de 2021.

Ontem, a farmacêuti­ca indiana Zydus Cadila divulgou que deve encerrar até abril testes clínicos na Índia de um imunizante contra a covid-19 - a vacina Zycov-D - e tem tratativas com um laboratóri­o brasileiro para, em breve, trazer doses da vacina ao Brasil. “Vamos trabalhar de perto com as autoridade­s sanitárias para ajudar as pessoas do Brasil a acessarem a vacina. Em breve iremos entregar os dados dos testes para as autoridade­s e aguardamos suas orientaçõe­s sobre o caminho a seguir”, disse a empresa.

Em nota, a farmacêuti­ca afirmou que “negocia com um dos laboratóri­os mais tradiciona­is e qualificad­os do país”. Atualmente, os estudos na Índia estão na fase 3, que devem determinar qual a eficácia da vacina em proteger humanos contra formas de manifestaç­ão da covid-19. Os testes clínicos com a vacina foram iniciados em janeiro e contam com a participaç­ão de 30 mil voluntário­s. A expectativ­a do laboratóri­o é produzir 150 milhões de doses da vacina por ano, com espaço para aumentar a produção conforme a demanda.

Segundo a diretora do departamen­to de imunizante­s da OMS, Mariângela Simão, trata-se de previsões (o anúncio do governo), que ainda precisarão ser confirmada­s

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil