Correio da Bahia

Rodrigo Maia chora e prega ‘pacificaçã­o‘

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Com um discurso carregado de emoção, o deputado Rodrigo Maia (DEM) se despediu, ontem á noite, do cargo de presidente da Câmara dos Deputados. Maia relembrou os momentos de pandemia, a proposta de emenda à Constituiç­ão que liberou orçamento extra, chamada de PEC da guerra, e as votações importante­s durante sua gestão.

Ao discursar, Maia disse que "se preparou para não chorar”, mas não conseguiu. O deputado defendeu a união dos colegas e disse que "o passado ficou para trás".

Após atritos com o grupo de Arthur Lira, Maia fez um discurso de pacificaçã­o antes de deixar o comando da Câmara. "As brigas passaram, vamos eleger o novo presidente. Tivemos um momento de mais atrito, no meu caso com a candidatur­a do Arthur Lira. A ele e àqueles que se sentiram ofendidos com algo que falei, não foi minha intenção", afirmou.

O deputado se despediu do cargo lembrando sua trajetória ao longo do comando da Casa. "Tive a oportunida­de de conhecer melhor o meu país, por meio de cada um de vocês. Através de diálogos, de visitas, que fiz com alguns de vocês. De conversas na residência da Câmara", disse.

"A PEC da guerra foi uma construção desta Casa. Tivemos votos de todos os partidos, unidos, em um momento tão difícil que vivemos no ano passado e vamos continuar vivendo neste ano. Eu quero agradecer a cada um de vocês por essa oportunida­de, para quem faz política. O governo e seus Três Poderes é injusto, porque concentra renda na elite dos servidores públicos", disse. Ele pediu que o próximo presidente da Casa e os demais parlamenta­res atuem para reduzir a desigualda­des sociais.

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