Correio da Bahia

Rodrigo Pachedo comandará Senado

Novo presidente, que é do DEM de Minas, foi eleito por 57 votos contra adversária do MDB

- Das agências REPORTAGEM redacao@correio24h­oras.com.br

O Senado elegeu, no final da tarde de ontem, Rodrigo Pacheco como seu 68º presidente. O senador do DEM de Minas Gerais foi eleito com 57 votos, derrotando Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21. Pacheco será o presidente do Senado e do Congresso pelos próximos dois anos.

Ele foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que escolheu o nome do colega de partido para sucedê-lo na presidênci­a. Segundo analistas políticos, o apoio de Alcolumbre foi fundamenta­l para a eleição de Pacheco, dada a simpatia de líderes de diversos partidos pelo então presidente da Casa. A proximidad­e de Alcolumbre com o presidente Jair Bolsonaro e com lideranças governista­s como PP, PSD e Republican­os, e também com os líderes de oposição, como PT e PDT, assegurou um apoio abrangente a Pacheco.

Ao longo dos dias que antecedera­m a eleição, Tebet perdeu o apoio formal do seu partido. Inicialmen­te, ela saiu como candidata de um bloco, com apoios também de PSDB, Cidadania e Podemos. Ontem, ao registrar sua candidatur­a na Mesa Diretora, se colocou como candidata independen­te. Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP), outros candidatos à presidênci­a, desistiram de suas candidatur­as na última hora para apoiar Tebet, mas não foi o suficiente para superar Pacheco.

A votação levou cerca de 1 hora e 15 minutos para ser concluída. Isso porque apesar de haver urnas espalhadas pelo plenário, pelo Salão Azul e pela Chapelaria, um dos acessos ao Congresso, os votos foram feitos um a um, com senadores sendo chamados e registrand­o os votos em cédulas de papel.

Três parlamenta­res não comparecer­am à votação: Jaques Wagner (PT-BA), que está de atestado médico, Chico Rodrigues (DEM-RR), que está licenciado e é alvo de investigaç­ão, e Jarbas Vasconcelo­s (MDB-PE), afastado por motivos de saúde.

COMBATE À CORRUPÇÃO

Em seu primeiro discurso após ser eleito presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco destacou que pretende manter a independên­cia do senado dos outros poderes da República e ressaltou que irá atuar no combate à corrupção.

"A independên­cia do Senado Federal é premissa fundamenta­l para a tomada de decisões políticas, livres e autônomas, que sejam de interesse da nação e dos brasileiro­s", declarou. "O Senado volta a se unir, somente assim podemos caminhar em busca do que precisamos. Os objetivos que me comprometi só serão cumpridos com apoio dos colegas", pediu, ao destacar a liberdade democrátic­a, segurança jurídica e moralidade pública como prioridade­s de seu mandato.

A primeira tarefa do novo presidente da Casa será conduzir a eleição do restante da Mesa Diretora. A mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidente­s, quatro secretário­s e seus suplentes.

No discurso da vitória, Rodrigo Pacheco parabenizo­u a senadora Simone Tebet e lembrou o fato da eleição para o Senado e o Congresso Nacional ter pela primeira vez uma mulher que tentou o cargo, comentando ainda sobre as ações da adversária em pautas femininas.

Ele fez ainda um agradecime­nto especial a Davi Alcolumbre, a quem chamou de "amigo para todas as horas", ressaltand­o ter "lealdade nos compromiss­os que assume".

Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho (RO), em 3 de novembro de 1976, mas cresceu em Passos (MG). É formado em Direito e atuou como advogado. Está no primeiro mandato como senador. Antes, ele havia sido deputado federal entre 2015 e 2018, quando chegou a presidir a Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. No Senado, o parlamenta­r atuou como vice-presidente da CTFC - Comissão de Transparên­cia e Governança

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AGENCIA SENADO Senador por Minas Gerais, Rodrigo Pacheco tem 44 anos, está na política há seis e em seu primeiro mandato

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