Carta pede volta às aulas aos deputados
e é formada por 5 deputados da bancada governista e outros 3 da oposição. A oposição ganhou uma cadeira em relação à composição do último biênio (veja a lista abaixo).
Também houve queda no número de mulheres, já que a antiga mesa tinha 3 deputadas e 5 deputados. Por outro lado, cresceu o número delas na suplência: são 4 na lista formada por cinco pessoas: o único homem é o deputado Roberto Carlos (PDT).
Por conta da idade, 16 deputados com 60 anos ou mais, incluindo Adolfo Menezes, tiveram prioridade no voto. Essa foi uma das medidas por conta do coronavírus. A pandemia forçou um fato inédito: pela primeira vez, um governador do Estado não esteve na Alba para a eleição. Rui Costa participou virtualmente.
TRAJETÓRIA
Adolfo Menezes tem uma longa trajetória na Alba e já assumiu a liderança da Casa logo após a confirmação de sua vitória. O novo presidente da Alba assumiu prometendo fazer uma gestão pautada no diálogo e rigor pela Constituição e Regimento Interno da Assembleia.
"Estarei sempre aberto para ouvir e consultar os colegas. Pretendo fortalecer o colégio de líderes e evitar decisões monocráticas", afirmou no discurso de posse.
Antes de chegar à presidência da Assembleia, Adolfo Menezes já foi titular da comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos (2007-2010); Constituição e Justiça (2008); Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle (2009); Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público (dez/2015-).
O deputado também já esteve na Mesa Diretora da Casa em outras ocasiões. No biênio 2015-2017 foi 1º vice-presidente e assumiu a presidência de forma interina em duas ocasiões: duas em 2015 e mais uma vez em março de 2016.
O novo presidente, que tem dois filhos e na eleição de 2018 se reelegeu para o quarto mandato na Assembleia com 80.817 votos, assume a Alba quando a Bahia ainda enfrenta os desafios sanitários e econômicos provocados pela pandemia da covid-19
Representantes do movimento Volta às Aulas Salvador estiveram na Alba, na manhã de ontem, para entregar uma carta aos deputados pedindo a retomada das atividades presenciais nas escolas baianas.
Pais de alunos se reuniram com os parlamentares e solicitaram apoio ao Projeto de Lei (PL) 24.027, apresentado em dezembro de 2020 pelo deputado estadual Jurandy Oliveira, que considera a educação como atividade essencial.
O Projeto de Lei prevê que "aulas presenciais nas unidades das redes pública e privada de ensino municipal, estadual e federal, relacionadas a educação infantil, ensino fundamental, nível médio, educação de jovens e adultos (EJA), ensino técnico, ensino superior e afins, apenas durante a pandemia de covid-19 [...] não serão sujeitas à suspensão ou interrupção, independentemente de qualquer classificação de risco da região onde se realizam, estando sujeitas a protocolos de educação".
De acordo com a advogada integrante do movimento, Diana Barros, 47 anos, não dá mais para esperar pela reabertura e não há justificativa para o atraso.
“Não há fundamento científico para fechar as escolas e reabrir todos os demais segmentos. Há experiências positivas que mostram que abrir escolas com protocolos é seguro sim. As crianças estão muito mais seguras nas escolas do que nas ruas, sem nenhum protocolo. Hoje as crianças e adolescentes estão nos shoppings, circos, parques. Elas só não podem estar nas escolas”, alega.
O movimento Volta às Aulas Salvador é formado por pais de alunos e foi criado em agosto de 2020, em defesa da reabertura das escolas públicas e privadas com retorno facultativo e obedecendo aos protocolos de segurança contra a covid-19. Os participantes vêm realizando protestos desde o ano passado. O último, uma carreta, aconteceu em 16 de janeiro.
Segundo especialistas, as crianças são assintomáticas, podem contrair o coronavírus sem perceber e transmitir para idosos e outros grupos de risco. A escola é vista como ambiente de aglomeração. Os manifestantes contestam esse argumento e dizem que a transmissão de crianças é baixa.