Correio da Bahia

Major preso no caso Amarildo volta à PM

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TORTURA E MORTE Menos de cinco anos após ser condenado a 13 anos e sete meses de prisão por tortura e ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo Souza, o major Edson Raimundo dos Santos pode voltar a desempenha­r função compatível com sua patente na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Ele estava afastado da função até a última sexta-feira, 29 de fevereiro, quando sua situação foi alterada por decisão do secretário estadual de Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, publicada na edição do Diário Oficial do Estado do Rio justamente no fim do afastament­o.

Em 2013, quando Amarildo desaparece­u, o major comandava a Unidade de Polícia Pacificado­ra (UPP) da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, onde o caso ocorreu. Em decorrênci­a da investigaç­ão ele foi afastado do cargo, respondeu a processo, foi condenado e está em liberdade condiciona­l desde o final de 2019. A Justiça, no entanto, nunca impôs ao major a perda da função pública, e por isso ele sempre recebeu salário normalment­e.

No entanto, até a última sexta-feira, estava subordinad­o à Diretoria Geral de Pessoal (DGP), sem exercer função compatível com sua patente. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria estadual de Polícia Militar, com a decisão, Santos agora está apto a retomar as atividades normais de major e aguarda uma vaga nas unidades policiais.

O caso aconteceu em julho de 2013, quando o então comandante da UPP, major Edson Santos, determinou que os policiais de sua unidade localizass­em suspeitos de ligação com a venda de drogas na comunidade e levassem essas pessoas à sede da UPP, para interrogá-las. Durante a ação, os policiais receberam a informação de que Amarildo de Souza "estaria com as chaves do paiol do tráfico".

O pedreiro então foi detido e levado para a base da UPP. Ali, segundo a Justiça, sob as ordens dos dois oficiais da UPP, Amarildo foi torturado e morto por um grupo de policiais, enquanto outros faziam a vigilância do entorno da base. Depois da morte, os policiais ocultaram o corpo.

BRIGA E MORTE Um homem de 34 anos foi preso em flagrante em São Domingos, na região Oeste de São Paulo, após ter matado sua esposa com golpes de faca no último domingo. Segundo a Polícia Civil paulista, o crime aconteceu por causa de uma briga causada por futebol.

Na versão apresentad­a pelo suspeito, a vítima o teria agredido com uma faca antes. Ele, contudo, disse ter conseguido pegar o objeto, desferindo diversos golpes contra a mulher.

A vítima, Érica Fernandes Ceschini, torcia para o Palmeiras e comemorou o título da Libertador­es, o que teria desagradad­o seu marido corinthian­o. Nas redes sociais, amigos lamentam a morte dela. "Ainda estou atônita com sua partida tão precoce, tão cheia de vida e sonhos que foram interrompi­dos! Descanse em paz, amiga, vou sentir saudades pra sempre", postou uma amiga nos Stories do Instagram.

"Vamos orar muito por você, Erica, para que você esteja na luz, no entendimen­to e na evolução, e para que seus filhos tenham uma vida abençoada, apesar de terem presenciad­o esse tragédia e terem perdido a mãe dessa forma horrorosa. Se todos orarem por você, com certeza haverá esperança de que essa fato trágico tenha suas consequênc­ias menos danosas", escreveu outra amiga no Facebook.

Com lesões no abdômen, o autor, identifica­do como Leonardo Ceschini, foi socorrido ao Hospital do Mandaqui, onde permaneceu internado sob escolta policial, tendo sido autuado por homicídio qualificad­o.

O caso ocorreu na Rua Rubens de Souza Araújo, onde o casal vivia com seus filhos gêmeos pequenos.

Policiais Militares foram acionados para atendiment­o da ocorrência e, no local, encontrara­m a vítima caída no chão da cozinha. Embora tenham chamado o serviço de emergência, ela já estava morta. A perícia da Polícia Civil foi realizada e o caso foi registrado no 33º DP (em Pirituba, São Paulo).

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TV GLOBO/REPRODUÇÃO Mesmo condenado, o major Edson dos Santos será reintegrad­o à PM

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