Correio da Bahia

Casa do Carnaval é alternativ­a para os saudosos da folia OAB-BA irá ao CNJ contra ‘bolsa banda larga’ para desembarga­dores

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MEMÓRIA Esse fevereiro será diferente de todos os outros em Salvador. Sem a maior festa de rua do mundo e o clima de "já é carnaval cidade", nativos e turistas terão de lidar com a saudade da festa que muda a cara da capital. Na ausência do presente, resta apreciar as lembranças de folias passadas. Para isso, a Casa do Carnaval, no Pelourinho, revisita os passos da festa.

Por lá, dá para ver em vídeo, áudio, esculturas e tecido a história do Carnaval de Salvador desde as origens, no século 18, até a criação de afoxés e do trio de Dodô e Osmar, o surgimento da axé music, a transição da mortalha para o abadá e os instrument­os e vestes das maiores estrelas da música baiana. Tudo isso dentro de um roteiro que termina em cinema interativo.

Quem visitar o local, irá mergulhar no contexto diverso e rico em que o Carnaval nasceu e se desenvolve­u. Stefanie Insarde, 31 anos, paulista que já veio em outros carnavais à Salvador, afirmou ter sentido, de certa forma, o gostinho de estar na avenida. "Achei uma experiênci­a que, pelas cores e objetos históricos, é imersiva na história no carnaval.

Os guias são bastante preparados e sabem de tudo que você pergunta. Deu uma nostalgia gostosa. Como sabemos que esse ano não vai ter, conhecer a história e o museu vale muito a pena".

Companheir­o de Stefanie, o jornalista Pietro Pereira, 30, que nunca veio à festa, mas estudou sobre o carnaval baiano, conta que sentiu como se as letras dos textos que leu sobre a folia tomassem forma e cor. "Eu achei demais! Com certeza vale a pena. O espaço é lindo, todo o roteiro é fantástico porque traz uma visão bem diferente para nós que somos de São Paulo e vemos que lá tentam copiar tudo isso, toda festa, mas é difícil", diz.

A Casa do Carnaval existe há três anos e, durante esse período, recebeu quatro mil visitantes, sendo 50% turistas e 50% soteropoli­tanos. Para Slim Santana, 29, monitor que guia as visitas ao local, quem não visitou ainda não pode perder tempo. "Aqui, você faz um passeio por tudo que formou nosso carnaval. Desde o surgimento ainda em salão até a criação dos trios e a repercussã­o mundial que a festa ganhou. É história ao vivo".

REEMBOLSO POLÊMICO A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) está se associando à OAB do Distrito Federal e a seccionais de outros estados em uma representa­ção no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a resolução do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que prevê reembolsar os gastos de desembarga­dores com o uso de linha de celular particular e serviço de internet banda larga em suas residência­s.

“Não tem qualquer sentido esse auxílio”, afirmou o presidente da OAB-BA, Fabrício Castro.

Segundo a resolução, publicada no dia 28 de janeiro, conforme apurou o jornal Valor Econômico, os desembarga­dores do TRF-1 terão direito a até R$ 80 para pagamento de linha de celular particular e serviço de internet banda larga. O jornal ressalta que o reembolso é apenas para os desembarga­dores, que recebem salários de R$ 35,4 mil, os maiores do Judiciário.

A Casa do Carnaval faz com sucesso o resgate da maior festa de rua do Brasil e do mundo. O maior acervo vinculado a carnaval está aqui Fábio Mota Titular da Secult, órgão responsáve­l pelo museu, que funciona de terça a domingo, das 10h às 16h, com ingresso a R$ 30 e R$ 15.

Foi bacana ver de onde saiu tudo isso. Tô querendo voltar e conhecer outros pontos, o Pelourinho e as peças da praça que não sabíamos que tinha Stefanie Insarde Turista de São Paulo, sobre o museu Os desembarga­dores do TRF-1 terão direito a até R$ 80 para pagamento de linha de celular particular e serviço de internet banda larga; OAB-BA vai ao CNJ contra a medida ‘sem sentido’

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ARISSON MARINHO Museu no Pelourinho abriga rico acervo que conta a história da maior festa de rua do mundo

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