Vacina da Oxford é eficaz contra nova cepa britânica da covid-19, diz estudo
PANDEMIA A Universidade Oxford afirmou, em um comunicado na sexta-feira, que um estudo em andamento mostrou que a vacina contra a covid-19 elaborada pela instituição inglesa e pela empresa biofarmacêutica sueca AstraZeneca tem eficácia “similar” contra a cepa encontrada inicialmente no Reino Unido, a chamada variante Kent, ou B.1.1.7.
A entidade diz que os resultados revelam que o imunizante mostra sucesso em reduzir a carga viral, o que pode se traduzir em transmissões reduzidas da doença. O estudo coloca a taxa de eficácia da vacina contra a cepa do Reino Unido em 74,6%. Em relação à variante mais antiga, essa eficácia está em 84%.
O comunicado destaca que essas são as primeiras conclusões sobre a eficácia da vacina de Oxford contra as novas variantes do vírus. Há estudos em andamento sobre eventuais mudanças na vacina para garantir proteção mais rápida e simples contra as novas cepas, diz a nota.
A universidade também ressalta que as conclusões do estudo são preliminares e que ele ainda será submetido a uma publicação científica para revisão e publicação.
A eficácia dos imunizantes contra as novas variantes se tornou um assunto de interesse global porque muitas cepas (como a de origem brasileira, a sul-africana, a britânica) têm sido descobertas depois do desenvolvimento das vacinas que chegaram aos países e estão sendo utilizadas para vacinar a população.
E essa variante britânica B.1.1.7, em particular, é apontada como possivelmente mais letal, de acordo com especialistas.
“Sabemos que algumas das variantes aumentaram a transmissibilidade, há dados crescentes que sugerem a variante B.1.1.7 pode realmente levar a um aumento da mortalidade. Os analistas ainda não decidiram como essas as vacinas vão funcionar contra essas variantes”, disse nesta semana a diretora dos Centros dos Estados Unidos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Rochelle Walensky.
“Teríamos que seguir a ciência, e estamos aprendendo mais e mais sobre se nossas medidas de saúde pública e nossas medidas de mitigação serão totalmente eficazes contra essas variantes. Mas temos todos razão para acreditar que sim”, concluiu.
Professores e estudantes protestaram em Mianmar por causa do golpe militar que prendeu líderes políticos civis e tomou o poder no país do Sudeste Asiático. Houve protesto também na Índia, onde imigrantes foram às ruas da capital Nova Délhi (foto). No poder desde o 1º, os militares ordenaram bloqueio das redes sociais no país. FOTO DE PRAKASH SINGH/AFP
TENSÃO A Rússia expulsou diplomatas da Suécia, Polônia e Alemanha acusando-os de terem participado de protestos em favor do líder opositor Alexei Navalni. Segundo a chancelaria russa, eles participaram de “manifestações ilegais em 23 de janeiro” em São Petersburgo e Moscou.
O anúncio da expulsão ocorreu sexta, após reunião em Moscou entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que condenou “veementemente” a decisão de expulsar diplomatas e enfatizou que a medida deve ser reconsiderada, disse o porta-voz de Borrell, Peter Stano.
“Consideramos essas expulsões injustificadas. Acreditamos que isso mostra que a Rússia está muito longe de ser um estado de direito”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, em entrevista ao lado do presidente francês, Emmanuel Mácron.
A Suécia, por sua vez, considerou a expulsão “totalmente infundada” e anunciou que “se reserva o direito de reagir apropriadamente”. Já a Polônia alertou que a expulsão de seu diplomata poderia “aprofundar ainda mais a crise nas relações bilaterais”. Os ministros das Relações Exteriores de Polônia e Alemanha convocaram os embaixadores da Rússia para expressar descontentamento.
A chancelaria russa considerou as “ações dos diplomatas inaceitáveis e incompatíveis com seu status”. E informou em nota: “O governo russo espera que, no futuro, as missões diplomáticas respeitem escrupulosamente as normas do direito internacional”.
O governo russo considera as ações dos diplomatas inaceitáveis e incompatíveis com seu status. E espera que, no futuro, as missões diplomáticas respeitem escrupulosamente as normas do direito internacional Sergey Lavrov
Ministro das Relações Exteriores da Rússia