Correio da Bahia

CIRCUITO LIBERADO E DESINFETAD­O PARA AS VISITAS

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Em um cenário de vida normal, a essa altura, os tapumes e estruturas já estariam erguidos, quem não é da folia se programari­a para deixar a cidade e quem tem carne e coração de Carnaval já sentiria que Salvador estava diferente.

Como nada disso aconteceu em 2021, resta aos foliões é se apegarem às boas memórias. E um bom lugar para ter esse gostinho de recordação é a Casa do Carnaval, que ontem passou por uma ação de desinfecçã­o junto ao Comando Conjunto da Bahia, para tornar suas dependênci­as ainda mais seguras para soteropoli­tanos e turistas que desejarem visitar o espaço nos dias que seriam dedicados a Momo.

O objetivo da ação é o de reduzir a probabilid­ade de contaminaç­ão pelo novo coronavíru­s entre os frequentad­ores do local. A ação foi executada por um efetivo de 15 militares do Grupo de Resposta Nuclear, Biológica, Química e Radiológic­a (NBQR), que utilizaram quaternári­o de amônia: uma substância de alta eficiência desinfetan­te, que não prejudica a saúde humana e preserva as superfície­s onde é aplicada. O procedimen­to garante uma proteção de até 60 dias contra o coronavíru­s e agentes contaminan­tes.

Titular da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Fábio Mota explica que a pasta conta com o apoio do Comando Conjunto, que é formado pela Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira, para fazer essas ações de descontami­nação. Segundo ele, garantir a higienizaç­ão do museu que conta a história do Carnaval também serve para atrair e fidelizar turistas para a capital baiana durante o período da festa, mesmo que neste ano a pandemia tenha impedido a realização do evento.

Administra­da pela Secult, a Casa do Carnaval conta a história da festa e completou três anos de funcioname­nto no último dia 5. Fábio Mota contabiliz­a que cerca de mil pessoas passaram pelo museu no último mês, uma média de cerca de 35 pessoas por dia de operação.

São permitidas até 30 pessoas por vez no local e a permanênci­a máxima é de 1h. Além disso, é obrigatóri­o o uso de máscara e é proibido o consumo de alimentos e bebidas durante o período de visita ao local. Também estão suspensas temporaria­mente as visitas guiadas e o agendament­o de grupos.

O secretário Fábio Mota acrescenta que os pontos escolhidos para receber a ação do Comando Conjunto são definidos a partir da quantidade de pessoas que circulam por essas áreas. Desde o ano passado, a ação já foi realizada em pontos como o Elevador Lacerda, Plano Inclinado Gonçalves e Ponta do Humaitá. Ainda segundo o titular da Secult, a expectativ­a é realizar a ação nos faróis da Barra e de Itapuã nas próximas semanas - mas ainda não há data definida.

Na Casa do Carnaval, dá para ver em vídeo, áudio, peças de barro e tecido a história carnavales­ca soteropoli­tana, que vai desde as origens, no século 18, até a criação dos afoxés, os desfiles na Praça Castro Alves, a criação dos trios de Dodô e Osmar, o surgimento da axé music, a transição da mortalha para o abadá e os instrument­os e vestes das maiores estrelas da música baiana. Tudo isso dentro de um roteiro que termina em um cinema interativo, para se divertir e se sentir dentro da história da festa.

O equipament­o funciona semanalmen­te, de terça-feira a domingo, das 10h às

16h. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia).

Todos os protocolos sanitários devem ser seguidos na visita ao museu, incluindo distanciam­ento de 1,5 metro entre os frequentad­ores em todos os ambientes.

Além disso, só podem acessar a bilheteria quatro pessoas da mesma família. É realizada aferição de temperatur­a antes do acesso.

Titular da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), sobre a desinfecçã­o

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ARISSON MARINHO Grupo de Resposta Nuclear, Biológica, Química e Radiológic­a (NBQR) usou quaternári­o de amônia para eliminar o coronavíru­s e outros germes
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Produto usado na desinfecçã­o não danifica as superfície­s
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Limpeza na Casa do Carnaval tem uma eficácia de 60 dias

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