Correio da Bahia

Pandemia de covid reduz venda de alimentos

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O segmento que mais puxou para baixo a queda do comércio baiano no ano passado doi o de supermerca­dos e hipermerca­dos. A queda anual das vendas foi de 3,5%, salientada pelas baixas mais expressiva­s, em novembro (-16,3%) e dezembro (-14,7%).

De acordo com Elissandra Brito, técnica da Superinten­dência De Estudos Econômicos E Sociais (SEI), esse é o segmento de maior representa­tividade para o varejo. “O segmento é o mais representa­tivo para o comércio e os dados mostram que, embora a gente tenha tido um incentivo da demanda no início da pandemia, quando as pessoas correram para os mercados para fazer estoque, por conta da elevação de preços, as pessoas estão comprando de forma mais moderada, elas ficaram mais seletivas, comprando o que é preciso”, analisa Elissandra.

A técnica da SEI ainda ressalta que, na Bahia, há uma tendência muito forte pela compra em mercados de bairro, que não constam nas estatístic­as do IBGE.

“Temos muitos mercadinho­s de bairro e mercearias que as pessoas costumam ir ao invés de mercados maiores, e isso termina tirando a demanda das grandes redes. Por conta disso, os mercados de bairro não são computados nas pesquisas e acaba gerando uma informação diferencia­da”, acrescenta Elissandra Brito.

Veículos

Já as vendas do varejo ampliado (em que não se consegue distinguir varejo de atacado) na Bahia, que incluem os segmentos de veículos, motos, partes e peças e materiais de construção, teve o pior desempenho do Brasil em 2020, com uma queda de 7,9% em relação à 2019. O resultado ficou bem abaixo da média do país como um todo (-1,5%). Esse desempenho também foi o pior para o varejo ampliado baiano desde 2016 (-11,1%).

Esse resultado negativo foi intensific­ado pela queda recorde na venda de automóveis: -24,1%, o menor percentual da série históricia, ou seja, desde 2001. Foi o maior recuo entre os 12 estados onde esse segmento é investigad­o separadame­nte.

Em contrapart­ida, as vendas de materiais de construção foram as maiores desde 2010, ano em que as vendas atingiram 14,6%. A alta ano passado foi de 9,6%, o quinto maior resultado do país.

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