Biden trata de comércio na primeira ligação com líder da China
DIPLOMACIA Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, conversaram pela primeira vez por telefone na noite de quarta-feira. Os líderes discutiram o comércio entre os países, a pandemia do novo coronavírus e a posição dos chineses em relação aos direitos humanos.
“Falei hoje com o presidente Xi para oferecer os melhores votos ao povo chinês no Ano Novo Lunar”, escreveu Biden em sua conta do Twitter. “Também compartilhei preocupações com as práticas econômicas, abusos de direitos humanos e a coerção de Taiwan por Pequim. Eu disse a ele que vou trabalhar com a China quando isso beneficiar o povo americano”.
Em um comunicado à imprensa, a Casa Branca incluiu entre os tópicos da conversa a pandemia de covid-19 e desafios de segurança global de saúde, mudanças climáticas e de prevenção à proliferação de armas.
O canal estatal chinês CCTV relatou que Xi Jinping repudiou as preocupações de Biden com as denúncias de violação dos direitos humanos no país. “Os Estados Unidos devem respeitar os interesses centrais da China e agir com cautela”, teria dito Xi, afirmando que os temas são assuntos internos.
Biden já havia lidado com Xi quando foi vice-presidente durante a gestão de Barack Obama. Ele usou essas primeiras três semanas na Casa Branca para avisar a líderes de outros países da região do Indo-Pacífico que abordaria a China de maneira diferente do seu antecessor, Donald Trump, cujo foco foi no comércio e em questões econômicas.
Em entrevista à emissora CBS News no domingo, Biden disse ter deixado claro a Xi que não deseja um conflito com a China, mas que haveria uma “competição extrema” entre os países. “Eu não vou fazer do jeito que Trump fez, e ele (Xi) sabe disso porque enviou seus sinais também”, disse.
ESTADOS UNIDOS No terceiro dia de julgamento do impeachment do ex-presidente Donald Trump, democratas da Câmara tiveram oito horas para apresentar provas contra o republicano e repercutiram o vídeo da invasão ao Capitólio cuja exibição foi iniciada na véspera.
A ala pró-impeachment tentou conectar as palavras do ex-presidente no discurso feito antes da rebelião com as ações tomadas por seus apoiadores logo depois, que culminaram em cinco mortes no ato de invasão do Congresso, dia 6 de janeiro.
Entre os vídeos exibidos, os democratas mostraram um invasor gritando em um megafone: “Fomos convidados pelo presidente dos Estados Unidos”. “Eles vieram aqui porque o presidente os instruiu a fazê-lo”, disse a deputada democrata Diana Degette.
Agora chega a vez agora da defesa de Trump, que terá 16 horas para argumentar a favor do ex-presidente.