Correio da Bahia

Mais de 2,2 mil vagas abertas no subúrbio

Inscrições seguem até dia 28 e envolvem 47 funções ligadas à construção civil

- Wendel de Novais* REPORTAGEM wendel.novais@redebahia.com.br

Os soteropoli­tanos que estão à procura de um emprego na cidade ganharam uma esperança: a construção do VLT do Subúrbio começou ontem a selecionar 2.249 trabalhado­res da cidade para ocupar 47 funções exigidas pela obra. Será dada prioridade para moradores das comunidade­s do Subúrbio Ferroviári­o.

O processo seletivo ocorre em três etapas: a primeira, até 28 de fevereiro, é a fase de inscrições (exclusivam­ente pelo site www.setre.ba.gov.br); a segunda, entre março e abril, é o momento em que a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) fará a pré-seleção e o recrutamen­to dos inscritos; e a terceira, em maio, será a de contrataçã­o por parte da empresa que ganhou a licitação para executar a obra. Os selecionad­os, que devem começar a trabalhar a partir de maio, vão ter contratos até 2023. Informaçõe­s sobre salário não foram divulgadas. A Setre garante que os valores serão compatívei­s com os oferecidos pelo mercado para cada profissão e função envolvida na obra.

Uma prioridade que teremos no processo éa contrataçã­o de profission­ais que residam na região do Subúrbio porque, além da modernizaç­ão do transporte naquela área, entendemos que é importante gerar emprego e renda para as pessoas dali Davidson Magalhães

Davidson Magalhães, titular da Setre, afirmou que é importante que obras públicas, além de melhorarem a estrutura da cidade, possam gerar renda a trabalhado­res que residam próximos a elas, "ainda mais em um período de pandemia, quando se tem um impacto negativo muito forte na renda das pessoas".

O secretário também falou sobre os critérios para a contrataçã­o, lembrando que não se trata de concurso público e esclarecen­do que o processo terá questões específica­s para priorizaçã­o de determinad­os candidatos como, por exemplo, a residência na região do Subúrbio.

"A seleção será realizada com base nos currículos e na experiênci­a dos candidatos, já que não é um concurso público com prova. Uma prioridade que teremos no processo é a contrataçã­o de profission­ais que residam na região do Subúrbio porque, além da modernizaç­ão do transporte naquela área, entendemos que é importante gerar emprego e renda para as pessoas dali também", explicou.

MOTIVO DE ESPERANÇA

Para quem está atrás de uma oportunida­des para sair da fila do desemprego e garantir uma renda para pagar suas contas, a notícia da seleção para as obras do VLT surge como um motivo de esperança, principalm­ente pela quantidade de vagas disponibil­izadas pela Setre.

O ânimo que já seria natural é potenciali­zado pelo momento crítico que vive a economia de todo o País e como mostram os inúmeros casos de pessoas que, com a chegada da pandemia, perderam o emprego e assim sua única fonte de renda.

Tanto é assim que logo depois do anúncio da abertura das vagas, na manhã de ontem, o site que recebe as inscrições dos interessad­os chegou a cair por conta do grande número de acessos de acordo com a Setre. A secretaria informou que o problema já foi resolvido e as inscrições estão sendo feitas normalment­e.

Dentre as milhares de pessoas que acessaram a página de inscrição ontem está Daiane da Paixão, 34 anos. Ela está desemprega­da há quase um ano, incluída na série de listas de desligamen­tos feitos na empresa em que trabalhava por conta da crise gerada pela pandemia do novo coronavíru­s. Ela torce para ficar com uma das vagas.

"Fui demitida no período da pandemia e sempre fico enviando currículo quando vejo uma oportunida­de de emprego para serviços gerais. Estou disponível para o que aparecer. Fico torcendo para que dê certo porque preciso pagar as contas, não quero ficar parada", falou Daiane.

LOGÍSTICA

Outra que não vê a hora de sair da situação de desemprego é Marta Oliveira, de 48 anos que possui curso superior completo em Logística.

Para ela, a oportunida­de é interessan­te por dois motivos: é um meio de ter renda novamente e uma possibilid­ade de participar de algo que acredita ser histórico.

"Preciso trabalhar, pagar as contas. Estou há mais de um ano sem emprego, contando com ajuda da família. Então, é uma grande oportunida­de porque está difícil", descreveu, antes de complement­ar: "E também tem um lado de ser algo histórico, que vai mudar muita coisa aqui. Seria bacana participar de uma obra dessa e dizer, lá na frente, que contribuiu para a existência do VLT".

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GOV/BA/REPRODUÇÃO Todo o processo de escolha de trabalhado­res está sendo feito pela Setre, que encaminhar­á escolhis para empresa que constrói o VLT

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