MORRE EMBAIXADOR ITALIANO ATINGIDO POR TIROS NO CONGO
CRIMINALIDADE O embaixador da Itália na República Democrática do Congo, Luca Attanasio, morreu ontem em consequência de um ataque a tiros contra um comboio das Nações Unidas na cidade de Goma, no leste do país, informou o Ministério das Relações Exteriores italiano. Ele acompanhava uma visita do Programa Mundial de Alimentos quando o carro onde estava foi alvejado de bala por criminosos. Mais duas pessoas morreram, sendo uma delas o segurança do embaixador italiano - a outra não foi revelada. O ataque teria acontecido durante uma tentativa de sequestro dos membros da missão internacional.
COVID-19 O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, acusou ontem “certos paises ricos” de minar a Covax Facility, coalizão de distribuição equitativa de vacinas contra a covid-19. O motivo, segundo o dirigente, é a persistência na abordagem direta de fabricantes para ter acesso a imunizantes.
“Alguns países ricos estão abordando fabricantes para garantir o acesso a doses adicionais de vacinas, o que tem efeito nos contratos com a Covax, e o número de doses alocadas à Covax foi reduzido por causa disso”, criticou Tedros durante uma entrevista coletiva conjunta por videoconferência com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.
A Covax Facility foi criada para (tentar) evitar que os países ricos obtenham todas as doses da vacina, que são fabricadas ainda em quantidade muito pequena para atender a demanda global. A coalizão inclui um mecanismo de financiamento que deve permitir que 92 economias de baixa e média renda tenham acesso às vacinas, incluindo o Brasil.
A escassez de vacinas significa que as primeiras distribuições aos países pobres só acontecerão no final do mês. Em muitos países ricos as campanhas de vacinação começaram no final de 2020.
“Ter o dinheiro não significa nada se você não pode usá-lo para comprar vacinas” afirmou Tedros. “E só podemos entregar vacinas aos países membros da Covax se os países ricos cooperarem respeitando os contratos firmados pela Covax”, disse o diretor da OMS.