Advogado que matou barbeiro tem preventiva decretada
CRIME NO IMBUÍ O juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, da 2º Vara do Tribunal do Júri, decidiu ontem por converter as prisões temporárias do advogado José Geraldo Lucas Júnior, 27 anos, e de Jean Silva dos Santos em prisões preventivas. A dupla foi indiciada pelo assassinato do barbeiro Lucas Souza de Araújo, 29, após uma discussão em um bar no Imbuí, no fim de janeiro.
A dupla se entregou à polícia quatro dias depois e apresentou a pistola 9 milímetros usada no crime.
Enquanto José Geraldo foi denunciado por homicídio, Jean foi denunciado por tentativa de homicídio.
Na denúncia do Ministério Público, oferecida na segunda-feira (22), a promotora de Justiça Ana Rita Cerqueira Nascimento aponta que o crime foi cometido por motivo torpe e sem possibilitar a defesa da vítima, pois os denunciados teriam agido por vingança motivada por desentendimento ocorrido minutos antes e estavam armados enquanto a vítima estava desarmada.
“A medida de exceção atende aos requisitos legais e indispensáveis, previstos em lei, vislumbrando-se necessária e imperiosa a custódia prévia frente ao comportamento dos réus, que não se importaram em praticar o crime em plena via pública, à vista de todos e até filmado”, afirmou o juiz, referindo-se à câmera de segurança do bar que gravou a ação.
“Impõe-se sua segregação cautelar [dos indicados] como meio indispensável à garantia de ordem pública, porquanto o ‘modus operandi’ revela lastimável periculosidade dos agentes”, diz a decisão.
Durante a manhã, parentes da vítima protestaram em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles pediam a conversão da prisão temporária - válida por 30 dias em preventiva, o que aconteceu depois. Com cartazes, lembraram de Lucas e cobraram celeridade no processo.
As imagens apresentam a sequência da ação criminosa e confirmam a conduta dolosa dos denunciados Ana Rita Nascimento Promotora de Justiça