Correio da Bahia

PEC do auxílio emergencia­l deve ter votação adiada

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BENEFÍCIO A Proposta de Emenda à Constituiç­ão

(PEC) para destravar o auxílio emergencia­l recebeu uma enxurrada de críticas no Senado e a votação deve ser adiada para a próxima semana. Lideranças cobram a apresentaç­ão de um novo parecer mais enxuto sem os itens mais polêmicos.

O fim dos pisos de gastos com saúde e educação foi "sepultado" antes mesmo da apresentaç­ão do relatório oficial pelo senador Marcio Bittar (MDB-AC). Mesmo assim, o relator protocolou ontem o parecer com o dispositiv­o. Outro ponto polêmico é a revogação do repasse de 28% das receitas do

FAT ao BNDES, medida tentada na reforma da Previdênci­a, mas que acabou não avançando pelas resistênci­as de se tirar essa fonte de recursos do banco de fomento.

No início da semana, a minuta do relatório de Bittar provocou reações negativas. "Brincadeir­a de criança", "o relatório do talvez", "o que isso tem a ver com o mingau?" foram três reações de diferentes líderes a comentar o texto. Após a apresentaç­ão do parecer oficial, a pressão para derrubar a desvincula­ção dos gastos com saúde e educação cresceu e senadores ameaçam barrar a PEC, que por sua vez é condição do governo para retomar o auxílio.

Hoje, os estados precisam destinar 12% das receitas com impostos às ações de saúde. Os municípios têm de aplicar o equivalent­e a 15%. Na União, esse porcentual também era de 15% da receita corrente líquida até 2017, quando o piso passou a ser atualizado pela inflação. No caso da educação, o mínimo é de 25% das receitas com impostos para Estados e municípios. Na União, o piso era de 18% até 2017, quando o valor passou a ser atualizado pela inflação.

"Esse texto do jeito que está não anda", disse o líder do MDB, Eduardo Braga (AM). Segundo ele, a desvincula­ção de saúde e educação não alcança 49 votos (mínimo para aprovar uma mudança na Constituiç­ão no Senado, em dois turnos) para aprovação "nem sob tortura".

Votação da proposta foi marcada para amanhã, mas senadores pedem mais tempo

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JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO Senador Eduardo Braga: "Esse texto do jeito que está não anda"
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