AM: por falta de anstesia, pacientes são amarrados
COVID-19 A Defensoria Pública do Amazonas abriu procedimentos investigatórios sobre a denúncia, veiculada na segunda-feira, pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, de que pacientes agravados por covid-19, em Parintins, interior do Estado, estariam sendo amarrados para intubação. Em ofício enviado para o Hospital Municipal Jofre Cohen, três defensores do Pólo do Baixo Solimões, Enale Coutinho, Gabriel Herzog e Rafael Lutti, listam diversas questões, desde estoque de medicamentos a oxigênio e número de pacientes internados, com um prazo para serem respondidas até ontem.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o estado tem sedativos e neurobloqueadores em estoque e enviou no último sábado, uma remessa a pedido do município de Parintins. “Neste mês, foram encaminhadas 45,2 mil unidades de medicamentos diversos para uso hospitalar, incluindo sedativos e neurobloquedores”, afirma a nota.
Ainda segundo a SES, ontem uma força-tarefa integrada pela SES, pela Fundação
de Vigilância em Saúde (FVS), pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estaria em Parintins para “verificar o motivo da alta demanda de internações nos hospitais locais e para manhã de hoje vai ainda definir os detalhes. O governo não pretende, por enquanto, mudar o funcionamento das escolas públicas e particulares, que voltaram às aulas presenciais neste mês.
Em São Paulo, a situação apoiar o município num plano de redução das internações e reorganização dos fluxos de assistência”.
Também em nota, a prefeitura de Parintins informa que não houve falta de medicamentos sedativos em pacientes intubados no Hospital Municipal Jofre Cohen. “Mesmo com o estoque crítico de bloqueadores neuromusculares até o sábado, em momento algum os pacientes ficaram sem a sedação necessária para mantê-los em ventilação mecânica”, diz a nota. “Quanto à denúncia sobre pacientes do interior é a que mais preocupa. Cidades como Araraquara, por causa do aumento da pandemia e do colapso no sistema de saúde, decretaram lockdown para tentar reduzir a transmissão do vírus. ‘amarrados’ nas macas, a contenção dos mesmos é necessária para mantê-los em segurança, ao iniciar a diminuição dos sedativos para a extubação, evitando acidentes com os mesmos em uma movimentação brusca ou qualquer agitação que possa ocorrer após um longo período intubado”.
Segundo um dos parentes que encaminhou a denúncia ao Jornal Nacional e à Defensoria, que não quis se identificar, o que ocorreu é que a dose de medicamento para a intubação na última sexta-feira foi diminuída.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o estado tem sedativos e neurobloqueadores em estoque e enviou no último sábado, uma remessa a pedido do município de Parintins.