Produto da Pfizer já pode ser usado em definitivo no Brasil
A Anvisa aprovou, ontem, o pedido de registro defitivo da vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório norte-americano Pfizer, em parceria com a BionTech. Essa foi a primeira autorização do tipo no Brasil e na América Latina. A medida permite que a farmacêutica venda doses para uso em massa na população brasileira. O laboratório, porém, ainda não assinou acordo com o Ministério da Saúde (MS).
No Brasil, até ontem, estavam aprovadas para uso emergencial apenas as vacinas CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado à Universidade de São Paulo, e o imunizante Oxford/AstraZeneca, que é produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
"Como Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, informo com grande satisfação que, após período de análise de 17 dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a covid-19, para uso amplo, nas Américas", disse Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa.
Após o anúncio da agência reguladora, a FNP - Frente Nacional de Prefeitos - afirmou que vai cobrar do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o destravamento das negociações para a compra de vacinas da Pfizer.
"Nessa questão da Pfizer, especificamente, o nosso foco vai ser para que o governo adquira as vacinas. Porque os prefeitos já provaram que têm grande mobilização local, de velocidade de vacinação", disse Jonas Donizette, presidnte da FNP, pouco antes do resultado do julgamento do STF aprovar a compra direta por estados e municípios.