Moradores foram pegos de surpresa com a prisão
Jaguaripe é uma cidade com 18.790 habitantes. É na Praia dos Garcez que estão os dois empreendimentos do casal, ambientados no estilo rústico e cercados de muita área verde, um encontro do rio com o mar e quilômetros de praias semivirgens. O mais badalado deles é a Pousada Paraíso Perdido, que possui suítes e chalés, onde a diária varia entre R$ 420 e R$ 1.200 na alta estação, além de restaurante e lojas. O estabelecimento já foi palco para apresentação de artistas baianos e hospedou atores globais.
Para se ter ideia do tamanho do empreendimento, o espaço foi utilizado no réveillon de 2009 para a Universo Paralelo, uma das maiores festas de eletrônica do país e que reuniu cerca de 17 mil pessoas. Mas agora a prisão é assunto em Jaguaripe.
“Foi um baque, porque ninguém imaginava. São pessoas acima de qualquer suspeita. Como a cidade aqui é muito pequena, as pessoas que vêm de fora para investir são colocadas lá em cima, como pessoas de bem, de boa índole. Era essa a imagem que a gente tinha deles. De uma hora para outra, tudo mudou e não há outro assunto na cidade, a não ser a prisão deles”, disse um morador da cidade.
“As pessoas ficaram decepcionadas porque, até então, ninguém tinha nada contra eles, pelo contrário. Eles ajudavam muito o pessoal aqui, contratando mão de obra a mais na alta estação. Eu mesmo tenho amigos que trabalham há um certo tempo na pousada”, disse o morador.
Uma outra fonte, que mora há mais tempo na região, contou que onde hoje é a Pousada Paraíso Perdido era um casebre. “Eles chegaram aqui há muito tempo e não tinham dinheiro. O que se comenta é que onde hoje é a Paraíso Perdido era uma casa pequenininha, que eles passaram a tomar conta. Só que a dona morreu e aí eles ficaram, conseguiram investimento e começaram a trazer vários artistas”, contou.
Já na Pousada Aconchego das Águas a infraestrutura é um pouco menor. Segundo os moradores, nesse empreendimento, o casal é o principal sócio. Três diárias numa cabana custam R$ 2.400.