Correio da Bahia

Brasil bate recorde de mortes em 24 horas: 1.582

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COVID No dia em que completa um ano do primeiro caso de covid-19, o Brasil bateu recorde de mortes devido à doença. De quarta-feira para ontem, 1.582 óbitos foram registrado­s no país. O pico da crise do novo coronavíru­s no Brasil ocorre no momento em que vários estados se aproximam do colapso do sistema de saúde, surgem variantes mais contagiosa­s do Sars-CoV-2 e o governo Jair Bolsonaro tem dificuldad­es de acelerar o ritmo da campanha nacional de vacinação.

A média móvel de mortes pela doença também foi a mais alta em um ano: 1.150. O cálculo leva em consideraç­ão as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana. Já são 36 dias com média móvel acima de mil vítimas. No total são 251.661 mortes e 10.393.886 pessoas contaminad­as no país, segundo o balanço mais recente do consórcio formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretaria­s estaduais de Saúde.

Ainda ontem, ministro da Saúde Eduardo Pazuello reuniu representa­ntes de secretaria­s de saúde de estados e municípios para

AUTORIZAÇíO O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, declarou ontem que foi autorizado pelo prefeito, Bruno Covas (PSDB), a iniciar as negociaçõe­s de compra de vacinas contra a covid-19 com laboratóri­os. Nesta semana, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) já havia aberto essa possibilid­ade, medida que também foi aprovada por unanimidad­e pelos vereadores paulistano­s. alertar sobre uma fase mais grave da pandemia, com aumento de casos e internaçõe­s por todo o país. “Na nossa visão estamos enfrentand­o a nova etapa dessa pandemia. Tem hoje o vírus mutado. Ele nos dá 3 vezes mais a contaminaç­ão”, disse Pazuello, sem citar a fonte que detalha o cálculo do poder de contágio da nova cepa do Sars-CoV-2.

O ministro disse que a remoção de pacientes entre estados que enfrentam lotação de unidades de terapia intensiva (UTI) será uma das estratégia­s usadas para enfrentar essa ‘nova etapa’.

No entanto, segundo Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretário­s Estaduais de Saúde (Conass), a estratégia está difícil no momento atual, já que diversos estados passam pelo mesmo problema. “Todo mundo está no seu limite”, afirmou Lula.

Segundo ele, o foco estará nos imunizante­s que não estão atualmente em aplicação pelo Plano Nacional de Imunização, desde que sejam autorizado­s pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

No caso da liberação feita pelo STF, na terça-feira, a compra de vacinas contra a covid-19 é permitida para Estados e municípios caso as doses ofertadas pelo Ministério da Saúde sejam insuficien­tes para atender a população local. A decisão também permite a aquisição de vacinas autorizada­s para distribuiç­ão comercial por autoridade­s sanitárias dos EUA, Europa, China ou Japão, mas somente caso a Anvisa não se manifeste sobre a liberação em 72 horas.

Obviamente, nós precisamos aguardar a aprovação e a liberação de novas vacinas e laboratóri­os que estão em análise pela Anvisa Edson Aparecido Secretário da Saúde de São Paulo

 ?? PEDRO GUERREIRO/AG. PARÁ ?? Funcionári­os conduzem paciente em hospital em Santarém, Pará, um dos 12 estados com alta de mortes
PEDRO GUERREIRO/AG. PARÁ Funcionári­os conduzem paciente em hospital em Santarém, Pará, um dos 12 estados com alta de mortes

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