Austrália força Facebook e Google a pagar por notícias
COMUNICAÇÃO O Parlamento australiano aprovou ontem uma lei histórica que exige que os gigantes da tecnologia remunerem os veículos de comunicação pelo uso de seu conteúdo.
A lei foi aprovada depois que o Facebook e o Google chegaram a acordos para evitar serem submetidos a arbitragens vinculativas e abre caminho para que esses dois gigantes digitais invistam dezenas de milhões de dólares em acordos de conteúdo local.
É a primeira legislação do tipo no mundo. Essa lei poderia servir de modelo para resolver conflitos entre gigantes da tecnologia e reguladores globais, a fim de equilibrar a relação entre a mídia tradicional - em dificuldades financeiras - e as empresas que dominam a internet e captam grande parte da receita de publicidade.
o secretário do Tesouro, Josh Frydenberg, afirmou que a lei garantirá que os meios de comunicação “recebam uma remuneração justa pelo conteúdo que geram, ajudando assim a manter o jornalismo de interesse público na Austrália”.
O Google pagará por notícias que apareçam
Vai assegurar que os meios de comunicação recebam remuneração justa pelo conteúdo que geram, o que ajudará a manter o jornalismo de interesse público na Austrália Josh Frydenberg Secretário do Tesouro da Austrália
em sua nova ferramenta Google News Showcase, enquanto o Facebook irá remunerar os fornecedores de seu produto News, que será lançado na Austrália este ano.
A lei gerou um embate entre o Facebook e o governo australiano. Depois de ter bloqueado a publicação de links para notícias da mídia local ou internacional em resposta ao projeto de lei, o dono do Instagram e do WhatsApp acabou recuando, com um acordo de última hora com as autoridades.
O grupo de Mark Zuckerberg anunciou que vai investir “pelo menos” 1 bilhão de dólares em conteúdo de notícias nos próximos três anos. O investimento, anunciado na quarta-feira em um blog de Nick Clegg, chefe de relações públicas da gigante das mídias sociais, se soma aos 600 milhões de dólares injetados na mídia desde 2018.
O Google, por sua vez, já havia concordado em pagar “quantias significativas” em troca de conteúdo do grupo de imprensa de Rupert Murdoch, o News Corp., favorável à nova lei.
as contas associadas aos militares de Mianmar. “Os eventos desde o golpe de 1º de fevereiro, incluindo a violência mortal, provocaram a necessidade dessa proibição”, disse a rede social em uma postagem. O Instagram fez o mesmo.
COVID-19 Mais de 2,5 milhões de mortes causadas por covid-19 foram registradas no mundo desde o início da pandemia, em dezembro de 2019, até as 14h30 de ontem (pelo fuso de Brasília), de acordo com um balanço realizado pela agência de notícias France Presse (AFP) a partir de dados oficiais.
No total, 2.500.172 mortes foram registradas e 112.618.488 casos. A Europa, com 842.894 mortos, é o continente mais enlutado, seguida da América (667.972). Cinco países
(EUA, Brasil, México, Índia e Reino Unido) respondem por quase metade das mortes.
Desde o fim de janeiro, a curva de mortos diminuiu consideravelmente. O mundo registrou uma média de 66.800 na semana passada, cerca de 9.500 por dia. Na semana mais letal já registrada, de 20 a 26 de janeiro, foram 101.400 mortes, média de 14.500 por dia. As cifras atuais estão no nível de novembro.
Em proporcionalidade, a Bélgica é o país com maior número de mortos: 1.900 por milhão de habitantes, seguida por República Tcheca (1.850), Eslovênia (1.830), Reino Unido (1.790) e Itália (1.600), todos na Europa.