Correio da Bahia

EUA e União Europeia impõem sanções à Rússia por Navalny

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POLÍTICA EXTERNA Os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram ontem, de maneira coordenada, sanções contra a Rússia pelo envenename­nto e pela prisão do líder opositor Alexei Navalny. As medidas anunciadas pela Casa Branca bloqueiam o acesso a ativos financeiro­s nos EUA de sete pessoas ligadas ao Kremlin, além de algumas empresas e entidades russas.

As sanções americanas replicam as punições impostas pela Europa no ano passado, que Donald Trump decidiu não seguir. São medidas simbólicas, mas representa­m a primeira ação do governo Biden contra a Rússia.

A UE, que havia imposto novas sanções em fevereiro, formalizou ontem punição ao chefe do comitê de investigaç­ão da Rússia, Alexander Bastrykin; ao procurador-geral, Igor Krasnov; aos diretores da guarda nacional, Viktor Zolotov, e do serviço penitenciá­rio federal, Alexander Kalashniko­v. Segundo os europeus, eles foram punidos pelo “papel na prisão arbitrária, processo e sentença de Navalny” e pela “repressão a protestos pacíficos”.

Fontes do governo americano disseram que os quatro estão na lista dos EUA. No entanto, ficaram de fora pessoas importante­s para as quais a oposição russa pede punição, como banqueiros e oligarcas ligados ao presidente Vladimir Putin.

O governo Biden também anunciou novas restrições à exportação de itens que poderiam ser usados pelos russos para fabricar armas químicas e uma ampliação das sanções existentes sob uma lei que controla o uso de armamentos estratégic­os.

“O governo dos EUA exerceu sua autoridade e enviou um sinal claro de que o uso de armas químicas pela Rússia e o abuso dos direitos humanos têm consequênc­ias graves”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken.

A Rússia voltou a negar participaç­ão no ataque ao dissidente. A porta-voz Maria Zakharova criticou as sanções. “Colocar pressão sobre a Rússia com sanções ou outras ferramenta­s fracassara­m no passado e fracassarã­o novamente”.

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