Varejo baiano perdeu 4,1 mil estabelecimentos do comércio em 2020
CRISE De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o saldo entre aberturas e fechamentos de loja com vínculos empregatícios no comércio varejista baiano ficou negativo em 4,14 mil unidades em 2020 – maior retração na quantidade de estabelecimentos com estas características desde 2016 (-3,09 mil). Os dados foram apresentados ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA)
O dado segue em linha com a retração de
PROJEÇÃO A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) afirmou que a economia brasileira deve recuperar o nível do começo da década passada somente em 2023.
Em comunicado, a entidade indica que a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 não é “a 6,7% nas vendas do varejo em 2020, conforme calculado pela entidade. O faturamento atingiu R$ 102 bilhões, o pior resultado em uma década.
Ainda sobre o levantamento, segundo a Fecomércio-BA, todo o cenário do varejo brasileiro também ficou negativo em 75,2 mil unidades no ano passado – igualmente com a maior retração na quantidade de estabelecimentos desde 2016 (-105,3 mil).
De forma semelhante, regionalmente, o ano de 2020 implicou em saldos negativos em todos estados, destacando-se os fechamentos líquidos em São Paulo (-20,30 mil), Minas Gerais (-9,55 mil) e Rio de Janeiro (-6,04 mil). Micro (-55,18 mil) e pequenos (-19,19 mil) estabelecimentos responderam por
pior notícia sobre a crise econômica brasileira”.
A FecomercioSP defende que o último crescimento significativo do PIB brasileiro aconteceu em 2013, com um salto de 3%. Desde então, houve uma sequência de estagnação, quedas e retomadas tímidas – com crescimento de 0,5% em 2014; encolhimento de 3,5% e 98,8% da perda de pontos comerciais em todo o país.
Em 2020, segundo a entidade, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro, medido através do conceito ampliado (apropriando os dados dos segmentos automotivo e de materiais de construção), encolheu 8,7% em relação a 2015, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – o pior ano do setor desde o início dos levantamentos mensais no ano 2000. “A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o cenário para os próximos meses ainda se revela incerto quanto à magnitude da retomada do consumo presencial”, diz a Fecomércio-BA.
3,3% em 2015 e 2016, respectivamente; e singelos aumentos em 2017 (1,3%),
2018 (1,1%) e 2019 (1,1%).
“Diante desses números, é possível dizer que o país só vai retomar o patamar do começo da década passada em 2023 – isso se daqui até lá sustentar um crescimento de, pelo menos, 2% ao ano”, afirmou a entidade em nota oficial.