ALA DO MDB REAGE A OFENSIVA DE LULA POR 2022
ELEIÇÕES As articulações do ex-presidente Lula para atrair o apoio do MDB na disputa presidencial de 2022 causaram reação de uma ala do partido. Desde que teve suas condenações na Lava Jato anuladas e retomou seus direitos políticos, Lula tem mantido diálogo com caciques emedebistas na tentativa de restabelecer a aliança da época em que o PT foi governo. Próximo ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado Alceu Moreira (RS) lidera o grupo anti-Lula do MDB. O parlamentar vai iniciar a partir do dia 15 um ciclo de debates e consultas aos filiados para posicionar institucionalmente a legenda no chamado "centro democrático".
PASSEIO DE MOTO Sem máscara e sem respeitar o distanciamento social, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou apoiadores e tirou fotos com eles ao retornar ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, depois de fazer um passeio de moto, acompanhado de centenas de motociclistas, na manhã de ontem, em Brasília. Em breve discurso, o chefe do Executivo federal afirmou que o passeio não foi um ato político, mas de "amor à Pátria", e voltou a defender a aprovação do chamado "voto auditável".
"Esse passeio hoje (ontem) aqui, com toda certeza, havendo convite, iremos para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. É uma demonstração não política, uma demonstração de amor à Pátria, demonstração de todos aqueles que querem paz, tranquilidade, e liberdade acima de tudo. Pode ter certeza, nosso Exército são vocês, o que vocês determinarem, nós faremos", disse o presidente.
Bolsonaro passeou de moto por cerca de uma hora e meia pelas ruas da capital federal. Não foi possível contar os participantes, mas eram centenas de motociclistas, o que deve ter superado o número esperado pelo presidente, que afirmou que o ato reuniria ao menos mil apoiadores.
Na saída, o evento foi aberto com a execução do Tema da Vitória (do piloto Ayrton Senna) pelo batalhão da Guarda Presidencial. A trilha sonora foi tocada durante todo o passeio pelo sistema de som das motocicletas. O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, também estava no grupo.
O presidente repetiu ainda que, como chefe supremo das Forças Armadas, "jamais" o Exército irá às ruas para manter as pessoas dentro de casa.