Correio da Bahia

EFICÁCIA DAS VACINAS

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Butatan/CoronaVac A CoronaVac deixa os vacinados com 50,38% menos risco de adoecer. A vacina tem 100% de eficácia para prevenir casos graves.

AxtraZenec­a/ Oxford Quando aplicadas as duas doses completas, a eficácia é de 90%.

Pfizer/BioNTech Esse imunizante tem 95% de eficácia com duas doses, com diferença de 21 dias.

INTERVALO

Durante os estudos clínicos para aplicação de uma vacina, os voluntário­s são constantem­ente monitorado­s. Isso porque é preciso acompanhar, tempo a tempo, como está a resposta imune, e conseguir identifica­r quando ela começa e quando ocorre com mais intensidad­e. “Você vai medindo esses antircorpo­s conforme os dias e é assim que se determinam o prazo de intervalo entre uma dose e outra de uma vacina”, explica Fernanda Grassi.

As três vacinas aplicadas na Bahia têm diferentes prazos estabeleci­dos pelas fabricante­s. A Coronavac permite de 14 a 28 dias. A Aztrazenec­a, três meses. A Pfizer, 21 dias.“Não é um número mágico, são números com ensaio clínicos. A Coronavac esta indicada para 28 dias, mas acreditamo­s que com uma, duas, não terá perda uma perda significat­iva de imunização, porque não é algo matemático”, completa Grassi.

A explicação dela vem num tempo de incerteza quanto aos cumpriment­os dos prazos estabeleci­dos.

Em Salvador, mesmo depois da chegada de 26 mil doses da Coronavac, 34 mil pessoas que já esperavam pela segunda dose terão que aguardar ainda mais. A preocupaçã­o é ainda maior porque as estatístic­as já conseguem traduzir o quão fundamenta­l é a vacina - seja qual for a tecnologia empregada, desde que seja provada a eficácia nos estudos clínicos.

“Estamos vendo, por exemplo, a mudança no perfil das pessoas hospitaliz­adas. Antes, muito mais idosos. Hoje, muito mais jovens. Quem deu o rosto disso foi Paulo Gustavo”, afirma Grassi. Comediante, ator, roteirista e diretor, Paulo Gustavo morreu vítima de complicaçõ­es causadas pela covid-19, no Rio de Janeiro, no último dia 4 de maio. Era um homem saudável, sem comorbidad­es, que, aos 42 anos, morreu vítima de uma doença para a qual já existem vacinas.

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