Correio da Bahia

Polícia apura caso de mulheres entregues ao tráfico

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A Polícia Civil apura outro caso em que pessoas suspeitas de cometer furto na loja do Atakarejo de Amaralina foram entregues por seguranças a traficante­s do complexo do Nordeste. Em outubro do ano passado, duas jovens foram flagradas furtando na loja e entregues a traficante­s do Nordeste – uma morreu e a outra foi internada no Hospital Geral do Estado (HGE). A revelação foi feita na coletiva de ontem que apresentou a prisão de suspeitos pela morte de tio e sobrinho após furto no mesmo mercado.

“Em relação a outras vítimas, o que nós temos é um outro inquérito, uma outra investigaç­ão, em que uma das vítimas é uma adolescent­e que teria sido vitimada em outubro do ano passado. Essa investigaç­ão também está em curso e o que a gente conseguiu apurar é que muitos dos indivíduos que teriam participad­o dessa ação mais recente teriam participad­o da ação do ano passado. Isso pra gente está confirmado. Nós estamos correndo com a investigaç­ão desse outro inquérito policial que deverá somar à investigaç­ão desse duplo homicídio da Polêmica”, declarou a delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamen­to de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No dia do crime, Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva estavam com outros dois rapazes. Tio e sobrinho e o terceiro rapaz entraram na loja e furtaram, mas foram descoberto­s. Só Bruno e Yan foram pegos pelos seguranças. O terceiro rapaz conseguiu fugir e avisou o quarto rapaz que estava no estacionam­ento. Bruno já tinha passagem por furto.

A mãe de Yan, Elaine Costa Silva, 37 anos, comentou a operação da polícia: “Pedindo a Deus que eles permaneçam presos. Não vai trazer meu filho e o tio dele de volta, mas a justiça está sendo feita”, declarou ela, na manhã de ontem, pouco antes de ser atendida na Defensoria Pública, que informou, em nota, que vai analisar o caso para propor as melhores estratégia­s de condução.

O secretário de Segurança

Pública, Ricardo Mandarino, destacou que as famílias podem buscar reparações na Justiça junto ao supermerca­do. “Não tenho nenhuma dúvida quanto a outro tipo de responsabi­lização do Atakarejo, responsabi­lização civil, que não apuração da polícia, mas eu posso dizer a minha opinião: eles têm responsabi­lidade civil”, afirmou.

O comandante da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, afirmou que a região do Nordeste de Amaralina está com policiamen­to reforçado.

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