Franceses correm para se vacinar após anúncio de restrições
COVID-19 Mais de um milhão de franceses marcaram consultas para serem vacinados depois que o presidente Emmanuel Macron anunciou que será necessário apresentar um certificado de imunização ou um teste negativo de covid-19 para entrar em bares, restaurantes e cinemas ou para viajar em trens e aviões.
O chefe do principal site de marcação de consultas disse ontem que o tráfego atingiu um pico após o pronunciamento de Macron na televisão, feito na noite de segunda-feira. “Registramos 20 mil consultas por minuto, um recorde absoluto desde o início da campanha”, contou o diretor do site Doctolib, Stanislas Niox-Chateau, à rede BFM.
Em 24 horas, 1,7 milhão de pessoas reservaram horários para se vacinar, de acordo com a Rádio França Internacional. No país é preciso marcar um horário pela internet ou por telefone para receber a imunização.
Macron anunciou que, a partir de agosto, quem quiser sair para comer, beber, ciosa que as demais.
As medidas provocaram fortes críticas nas redes sociais. A palavra ditadura ganhou destaque no Twitter, em meio a denúncias de que o governo impôs vacinação obrigatória de forma velada. Alguns alegaram que essas medidas violam a liberdade pessoal de escolher se vacinar ou não.
Cerca de 35,5 milhões de pessoas - pouco mais da metade da população francesa - receberam pelo menos uma dose da vacina até agora, mas a taxa de injeções diminuiu nas últimas semanas. A França é um dos países mais céticos do mundo em relação às vacinas. No final de 2020, apenas 40% dos franceses estavam dispostos a receber a injeção. pegar um trem de longa distância ou fazer compras em um shopping terá que apresentar comprovante de vacinação ou resultado negativo de teste de covid-19. Este comprovante também será necessário para assistir a festivais, teatro ou cinema, a partir da próxima semana.
O chefe de Estado também anunciou a vacinação obrigatória, a partir de setembro, para os profissionais da saúde, trabalhadores em lares de idosos e outros que trabalham com pessoas vulneráveis. Aqueles que quebrarem a regra “não poderão trabalhar e não serão pagos”, declarou o ministro da Saúde, Olivier Véran.
Macron explicou que o objetivo do governo é reconhecer a “civilidade” dos vacinados e “impor restrições aos não vacinados, e não a todos”.
O número de infecções aumentou consideravelmente na França nas últimas semanas. O país atingiu mais de 4 mil casos nos últimos dias, devido à variante Delta - cepa identificada inicialmente na Índia e mais infec
A vacinação não é obrigatória para todos, mas vamos estender a obrigação do passe sanitário ao máximo, para levar as pessoas a se vacinarem Emmanuel Macron Presidente da França