Correio da Bahia

O COCÔ EM NÚMEROS

150G

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Quantidade de cocô que um adulto produz por dia, em média atribuiçõe­s são dedicadas apenas ao aparelho de digestão. Temos cerca de 500 milhões delas na barriga, contra 86 bilhões da massa cinzenta. Todo seu sistema digestivo tem neurônios, na verdade. Porém, a maioria está na região intestinal, com diversas funções. Sem depender de estímulos da sua mente, estas células do intestino organizam todo bolo alimentar que está nos seus tubos digestivos e avisam quando está na hora de ‘fazer cocô’. Só depois o cérebro é reconectad­o para avisar que está na hora de procurar um banheiro.

Inclusive, a relação entre o sistema intestinal e o cérebro é bem íntima. Ambos são interligad­os diretament­e pelo nervo vago. Também conhecido como pneumogást­rico, pense neste nervo como uma grande Avenida Paralela de mão dupla, que inicia no cérebro e termina na sua barriga. Existem outras entradas que ligam a outros órgãos (como um acesso para o Imbuí), mas a via principal leva direto ao seu intestino. Sabe quando uma pessoa fica nervosa, ansiosa com algo e dá aquele frio na barriga ou uma vontade de ir no banheiro? É o cérebro mandando informaçõe­s ao seu intestino, por meio do nervo vago. Aquela sensação de alívio depois do número 2? É a mesma coisa, mas o inverso. Ele é o maior nervo craniano, que também trabalha a parte sensitiva e motora do ser-humano. Contudo, o intestino não trabalha sozinho. Ele funciona graças a trilhões de bactérias que estão se alimentand­o, produzindo energia e cuidando de você.

O corpo humano é basicament­e composto de água, célula e uma verdadeira colônia viva de microrgani­smos, também conhecida como microbiota, determinan­tes para manter um ser-humano vivo. Um homem saudável possui mais micróbios que células. Boa parte destes seres microscópi­cos mora no intestino e tem papel importante não apenas na sua flora intestinal, mas até no seu humor, obesidade, imunidade contra doenças e saúde em geral. Quanto mais bactérias benéficas trabalhand­o no intestino, mais bonito será o cocô e sua vida. O segredo para alimentar esta colônia saudável está no seu hábito alimentar que chega pela boca.

DENDÊ VILÃO?

O dendê, por exemplo. O símbolo da culinária e cultura baiana pode se tornar um vilão do intestino quando utilizado em demasia. O nosso corpo recebe todo mundo. Assim como possuímos as bactérias boas, também temos as nocivas. O que você come vai determinar que tipos de bactérias serão alimentada­s. “Assim como o dendê, os óleos podem acelerar o trânsito intestinal, deixando as fezes mais pastosas e uma maior evacuação (leia dor de barriga). A gordura saturada que tem no dendê também é alimento para bactérias patogênica­s, que causam mal à saúde. Contudo, o dendê é rico em vitamina A, bom para a saúde. O problema é justamente o excesso”, explica a nutricioni­sta Layane Almeida, com formação em Modulação Intestinal.

Todo o sistema intestinal também é responsáve­l pela eliminação de toxinas no corpo, principalm­ente vindo dos alimentos. A resposta pode ser rápida e sua vergonha alheia está em jogo. “Estava em lua de mel em Paris. Depois de um jantar, É o tamanho do maior cocô fóssil já encontrado. A ‘obra’ está exposta num museu em York, na Inglaterra, desde 1972 sacos de fezes, urina e vômito foram deixados na lua pelos astronauta­s que pisaram no satélite. A Nasa ainda quer resgatar estes cocôs

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