Correio da Bahia

SERES DE OITO METROS PODEM MORAR NO INTESTINO

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O corpo humano é rico em biodiversi­dade de criaturas vivas e nem sempre microscópi­cas. Alguns são vistos a olho nu e seu intestino é um dos lugares preferidos para parasitose­s intestinai­s que se alimentam, entre outras coisas, de fezes humanas.

Na sua grande maioria, parasitas são perigosos e podem levar a situações graves e até à morte. Entretanto, alguns podem passar anos no seu intestino, vivendo uma vida sossegada, até que um dia morre e o próprio intestino se encarrega de expulsá-lo. “Se o parasita não tem uma carga parasitári­a elevada e o indivíduo é saudável, ele pode não apresentar sintomas que indicam a presença deles. A lombriga, por exemplo, pode viver dentro de nós por dois anos, sua média de vida. Um dia ela morre e sai no cocô. Se você não observa suas fezes ao defecar no vaso, nem vai saber que já criou uma lombriga”, conta a professora da Faculdade de Farmácia da Ufba, Márcia Teixeira.

Nem sempre estas criaturas saem tão fáceis assim. “Estava de férias numa casa de praia e não conseguia ir ao banheiro. Parecia que algo não deixava o cocô sair. O ‘bueiro’ entupiu por 12 dias. Um belo dia, uma lombriga de 20 centímetro­s saiu pela minha boca”, lembra Rita Vieira, de 62 anos. Os parasitas podem causar dores abdominais, inchaço, diarreia, comichão anal, anemia e obstrução intestinal.

Ter saneamento básico, cuidar da alimentaçã­o e hábitos de higiene determinam se você terá ou não hóspedes indesejado­s. Um simples almoço com uma carne de porco contaminad­a poderá te dar um hóspede com o triplo do seu tamanho: a tênia. Conhecida como solitária, ela pode chegar a 8 metros de cumpriment­o. Em alguns casos, é necessário até procedimen­to cirúrgico para a retirada dos inquilinos. Estragamos seu almoço?

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