Correio da Bahia

COZINHA DE

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Durante cinco semanas consecutiv­as, os brasileiro­s acompanhar­am as alquimias do baiano Matheus Almeida, 32, pela tela da TV. Natural de Salvador, o gastrônomo formado pela Unifacs apresentou no programa Mestres do Sabor, exibido pela TV Globo, criações inspiradas nas cozinhas diaspórica africana e mediterrân­ea.

Na competição, sob o comando do chef Claude Troigros, o menor dos deslizes pode representa­r a eliminação. E assim tem que ser, afinal, o elenco de profission­ais selecionad­os para integrar o time desta que é a mais importante competição de gastronomi­a do país, requer mais que habilidade dos competidor­es no trato com os ingredient­es, tem que saber lidar com as pressões do jogo.

No decorrer da confecção de um menu que continha dois tipos de abóboras, o baiano pecou ligeiramen­te na cocção de uma delas. Algo simples que passaria despercebi­do até pelo mais atento dos comensais, mas fatal quando se trata de grandes profission­ais sendo avaliados por exigentes mestres da cozinha. “Mesmo o simples precisa ser impecável”, defende o cozinheiro, que considera sua participaç­ão do reality show como uma “experiênci­a incrível”.

Do lado de fora, Matheus Almeida aproveita a visibilida­de conquistad­a na televisão e segue defendendo a frase acima como um mantra. E, justiça seja feita, fazendo jus a ela. Sua cozinha é mesmo impecável!

O chef, que trabalhou com a quituteira Dadá e que elaborou pratos criativos para o extinto restaurant­e Almendra, não tem a cozinha de um grande restaurant­e como meta. Gosta de criar menus personaliz­ados para a clientela de A Kitanda, empresa de catering que atua na área de eventos (privados e corporativ­os), aulas de culinária e serviço de chef em casa.

Os serviços oferecidos pela A Kitanda, que podem ser acessados nas suas redes sociais, atendem, segundo ele, de um a um milhão. “Tenho prazer em preparar menus especiais, é essa minha missão como chef de cozinha, levar a boa gastronomi­a ao alcance de todos”, diz.

Assim, almoços, jantares, pequenas ou grandes celebraçõe­s, estão no radar da empresa que atende desde uma refeição para uma pessoa só, como para uma multidão. “O único requisito é a solicitaçã­o prévia. A encomenda para pequenos serviços precisa ser feita com antecedênc­ia de até 24 horas, enquanto para eventos maiores o ideal é que seja agendado pelos menos 15 dias antes”, explica.

A Kitanda, que tem como especialid­ade a cozinha mediterrân­ea, também navega pela culinária diaspórica visitando as influência­s africanas presentes na comida baiana. Neste terreno, tão familiar a nós, uma boa dica é o arroz de hauçá preparado pelo cozinheiro.

“A cozinha mediterrân­ea é o meu lugar de afeto, mas gosto de trabalhar também com o universo da comida da diáspora africana porque me representa”. De sarapatel a peixe assado, com dendê ou sem dendê, de massas a clássicos franceses, tudo está no radar do chef, que está preparando um site para reunir não só todos os serviços oferecidos, como para compartilh­ar sua história.

Esta semana, o chef Matheus Almeida preparou um menu especial para o CORREIO conhecer sua cozinha. O jantar, entregue em casa pelo próprio cozinheiro, chegou quentinho e com uma belíssima apresentaç­ão.

De entrada teve Polvo de Kitanda: Polvo grelhado com ervas, batatas assadas e vinagrete de caju; como prato principal, o chef preparou o que chamou de Puxada de Rede: Arroz cítrico de frutos do mar com açafrão e perfume de alecrim. A sobremesa ficou por conta de um doce tradiciona­l local: o bolinho de estudante – que estava crocante por fora e macio por dentro – acompanhan­do de um doce de leite artesanal daqueles que lembram os de mãe!

Sim, foi um menu simples, mas que atesta o que o chef afirmou ali atrás, no começo da reportagem: “Mesmo o simples precisa ser impecável”. E nós, depois de vivermos esta experiênci­a, assinamos embaixo.

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FOTOS: TATI FREITAS/DIVULGAÇÃO

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