Correio da Bahia

Ufba vai testar aplicação da 3ª dose da AstraZenec­a

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ESTUDO O Complexo Hospitalar Universitá­rio Professor Edgard Santos da Universida­de Federal da Bahia vai conduzir no estado um estudo que testará a eficácia de uma terceira dose da vacina da AstraZenec­a. Além disso, a unidade administra­da pela Rede Ebserh (Hupes-UFBA/ Ebserh) vai testar uma versão modificada da vacina que foi desenvolvi­da para também fornecer imunidade contra a variante beta (B.1.351), identifica­da na África do Sul.

O estudo foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e contará com 800 participan­tes em vários centros do Brasil, dos quais cem serão recrutados na Bahia. O Hupes-UFBA/Ebserh é único centro baiano participan­te do estudo.

A AstraZenec­a quer verificar a eficácia do imunizante, que atuaria como uma espécie de terceira dose para indivíduos que receberam anteriorme­nte uma vacinação primária de duas doses contra a covid-19, com a vacina já em uso ou com a nova formulação.

Também podem participar voluntário­s que tenham completado o ciclo vacinal (duas doses) com imunizante­s que utilizem a tecnologia RNA mensageiro a exemplo da Pfizer e Moderna – esta última ainda sem uso no Brasil. Em ambos os casos, a exigência do estudo é de que o candidato tenha completado o ciclo de imunização, qualquer que seja a vacina, há pelo menos três meses.

Para voluntário­s que não tenham tomado doses de qualquer imunizante, o estudo testará também um esquema misto de duas doses, ou seja, a primeira dose será da vacina já em uso e uma segunda dose da versão modificada. O Hupes-UFBA/Ebserh está com cadastro aberto para os interessad­os e pretende recrutar 100 candidatos. A prioridade será dada a pessoas já vacinadas com a vacina da AstraZenec­a, devido ao grande número de voluntário­s não vacinados em lista de espera.

O estudo será aplicado em adultos de 18 anos de idade ou mais, previament­e vacinados e não vacinados para determinar a segurança e a imunogenic­idade da vacina candidata. Os interessad­os podem entrar em contato através do e-mail pesquisafb­i@ gmail. com. O novo ensaio clínico será desenvolvi­do em sete centros de pesquisa na Bahia, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O Laboratóri­o de Pesquisa em Infectolog­ia (Lapi) do Hupes-UFBA/Ebserh é referência nacional na área. O Lapi conduz, desde o ano passado, protocolo de pesquisa utilizando a vacina da farmacêuti­ca Jansen-Cilag, desenvolvi­da em parceria entre Estados Unidos e Bélgica. Atualmente, o Hupes está em fase final da fase quatro da pesquisa da Jassen

Temos muita experiênci­a como centro de pesquisa. Recebemos frequentes convites para participaç­ão em estudos dessa natureza Dr. Carlos Brites Chefe do Laboratóri­o de Pesquisa em Infectolog­ia (Lapi) do Hupes-UFBA/Ebserh, que vai comandar o estudo na Bahia

Os gatinhos que viviam na colônia de Piatã, incendiada no último dia 4, foram disponibil­izados para adoção em uma feira realizada ontem, na clínica Mundo Animal, no Rio Vermelho. O evento foi organizado pela Diretoria de Bem-Estar e Proteção Animal (Dipa), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e a União de Proteção Animal (Upas). FOTO DE PAULA FRÓES

HIP HOP Quando era criança, Ian Lisboa, 18 anos, sentia que “a batida” dos Racionais MCs “falava com ele. Aos nove anos, depois de tanto ouvir, ele começou a fazer as próprias rimas, e, aos 11, ficou impactado ao ver uma batalha de rap de Emicida. Na noite de ontem, Bl4ck, como é conhecido na cena musical, saiu campeão do Red Bull Francament­e, um dos maiores eventos de rap do mundo.

A batalha de rimas aconteceu num estúdio em São Paulo e foi transmitid­o online. Bl4ck disputou a final com outro baiano, Yoga MC. Os dois disputaram em três rounds o primeiro lugar da competição, mas os três jurados - Clara Lima, Max B.O. e Slim - sagraramm Bl4ck campeão por unanimidad­e.

O evento reuniu 16 MCs de diferentes estados - que já tinham passado por uma seleção entre 300 artistas. Esta e a segunda vez que Bl4ck é o vencedor mais jovem de uma batalha de rimas. Em 2016, quando tinha 13 anos, ele foi o MC mais novo da história a ir para o Duelo Nacional e ser campeão baiano.

“Hoje, estou revivendo um sonho com 18 anos. Nunca é tarde para reatar nós. A sensação para mim está sendo mágica”, disse. Outro baiano, Ruto MC, também participou do evento, mas foi parado nas oitavas de final por Kaemynem, única MC mulher na disputa. Os três baianos fizeram um freestyle (rima livre) juntos, depois da vitória, em que destacaram o lugar da Bahia na cena do rap nacional.

A primeira e única edição brasileira do FrancaMent­e havia acontecido em 2018, mas o evento já existe na América Latina há 15 anos, denominado Batalla.

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