‘Temos que fazer uma política contra os problemas’
Em entrevista ao colunista Rafael Freitas, da Alô Alô, o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) diz que que o foco no processo eleitoral para 2022 precisa ser em cima da discussão do futuro. "Não esperem de mim uma política contra Lula ou Bolsonaro. Se é para ser contra, tem que ser contra a inflação, a pobreza, a miséria", diz ele.
Qual o objetivo da visita à Bahia?
Vim me apresentar para os baianos, mostrar aquilo que fizemos no Rio Grande do Sul, como fizemos e o nosso jeito de fazer política. Nós precisamos superar a crise vivida no Brasil, que enfrenta o aumento do desemprego, da miséria e das desigualdades.
O que espera das prévias do partido?
A capacidade política e de gestão de cada um já é testada e conhecida. Não somos apenas eu e Doria disputando. Tem Tasso Jereissati, que no Ceará fez profundas transformações como governador, e o ex-senador Artur Virgílio. O que o partido precisa discutir é a capacidade eleitoral, que não é apenas do candidato. Precisa ser entendido o contexto eleitoral e o que o cidadão está procurando para o futuro. Em 2022, não espere de mim se for candidato buscar ganhar ressaltando os defeitos dos outros e sim reforçando as virtudes do nosso projeto. .
Há possibilidade do PSDB apoiar outra candidatura?
O PSDB sempre teve candidato a presidente desde a redemocratização. Quando a gente senta à mesa pedindo apoio, temos a humildade de reconhecer a necessidade de apoiar. Tudo indica que o PSDB deva ser protagonista, mas se houver reconhecidamente outra candidatura que consiga, é plausível. Estamos falando de atender o propósito para o país. Eu tive boas conversas com outros partidos e me sinto em condições de promover esse entendimento numa eventual candidatura minha.
Como tem sido as conversas com o DEM, que é presidido nacionalmente pelo ex-prefeito ACM Neto?
Tenho uma proximidade com ele, que é uma referência com sua capacidade política aliada a técnica de gestão. Sua eleição se deu com expressão de votos. Ele tem boa intenção de votos nas pesquisas para o governo do estado. Isso é comprovação da sua capacidade. Sem dúvidas nenhuma, o PSDB tem toda disposição de ajudar ACM Neto nesse processo para a Bahia. No plano nacional, precisamos conversar com o centro democrático com as candidaturas que vão se apresentando. Mandetta (ex-ministro da Saúde) é um bom nome e está na mesma vibe que eu. Mas antes de nos colocarmos, tem um projeto de pais que precisa ser discutido. Ciro Gomes tem a intenção de voto que ele tem em todas as eleições, em torno dos 10%. O desafio é superar isso. A gente precisa ter humildade para reconhecer que outra candidatura terá capacidade de superar essa polarização. É o momento se conversar, se aproximar. A conversa com Neto foi boa, longa, mas nada se define nesse momento
Como o senhor avalia as últimas pesquisas eleitorais?
As pesquisas demonstram para além da intenção de votos. Eu tenho duas eleições, claro