Ações para pensar o amanhã
Mulher com a Palavra Projeto chega à última edição da temporada debatendo o Afrofuturismo
O Afrofuturismo também passa por pensar no agora. Afinal de contas, quem melhor para cuidar do amanhã do que o próprio hoje? Entre o plantar e o colher, há todo um planejamento, cuidado, execuções e possibilidades.
Toda essa discussão estará presente na saideira do Mulher Com a Palavra, apresentado pela jornalista Rita Batista, e que terá a presença de Monique Evelle, Margareth Menezes e Preta Rara. O programa fecha a atual temporada do projeto e também o mês de outubro: acontece no dia 31, com transmissão no YouTube e na TVE Bahia.
O conceito de Afrofuturo é oriundo do movimento afrofuturista, que ficou conhecido através do filósofo, músico e poeta americano Sun Ra, na década de 50. No Brasil, o movimento tem se popularizado nos últimos anos e, sobretudo, tem como objetivo discutir perspectivas de futuros possíveis para a população negra ao redor do mundo. É sob este olhar que o projeto reuniu as 3 personalidades negras para dialogarem sobre o tema.
Margareth Menezes afirma que o afrofuturismo é construído no presente e, para fazer o melhor possível, ela opta por experimentar. “Adoro experimentar e acho maravilhosa a pesquisa que o ambiente futurístico traz, não só em relação à música, mas em toda em toda a sua expressão. O afropop é contemporâneo e flerta com o futurismo o tempo todo. Sempre falei que meu estilo, meu comportamento com a música é afro contemporâneo”, afirma a cantora.
Empresária e uma das 30 personalidades abaixo dos 30 anos da revista Forbes, Monique Evelle comemora as quatro gerações de mulheres negras discutindo sobre o futuro e tomando Salvador como lente para fotografar os cenários possíveis. “Quando a gente fala de Afrofuturo, eu consigo olhar no retrovisor e saber que o que eu estou fazendo, Margareth já fazia há muito tempo”, pontua Monique.
Além das soteropolitanas Monique e Margareth, a rapper, historiadora, turbanista e escritora Preta Rara, de Sa~o Paulo, também comemorou o encontro de gerações e pensamentos no programa e acredita que a soma de tudo isso trouxe um debate muito rico.
BALANÇO POSITIVO
Rita
Batista não esconde a
niela pegou tudo que tava em ebulição na época e fez aquele show antológico no Masp e Ivete é o nosso pilar mais pop, é a prova de que o axé é uma música brasileira”.
Já está no YouTube o clipe da faixa Ver a Maravilha (Teago Oliveira), em que Márcia aparece ao lado de sua amada, Fernanda, e da pequena Maria Flor, filha das duas. O clipe celebra a felicidade e as relações homoafetivas. “A maternidade homoafetiva me trouxe o desejo de transformar a sociedade, de tornar esse amor visível para todos. Temos que ajudar a construir um mundo que abrace cada vez mais a diversidade”, diz.
A cantora festeja a maternidade, mas sabe que a realidade não é aquela dos contos de fadas: “É cansativo, mais cansativo que tudo o que falam. É trabalhoso, a vida se transforma, mas, ao mesmo tempo, traz um novo sentido pra vida, para tudo. Tudo fica mais preenchido”.
ROBERTO MIDLEJ