Correio da Bahia

COM MORAL LÁ EM CIMA

Vitória Após três vitórias seguidas e sem levar gol, Leão está com confiança para deixar o Z4 da Série B

- Vitor Villar REPORTAGEM vitor.villar@redebahia.com.br

Há pouco tempo, as perspectiv­as do Vitória eram bem ruins. Time afundado no Z4 da Série B, jogadores afastados, clima político pesado no Barradão. Tudo parecia indicar que o rubro-negro ‘perderia de ano’ e iria para a Série C em 2022.

Mas três vitórias seguidas, com ataque e defesa funcionand­o (oito gols a favor e nenhum contra) mudaram tudo. Faz tempo que o torcedor não comemora tantas vezes seguidas. A última vez em que o rubro-negro encaixou três vitórias consecutiv­as foi na reta final da edição passada da Série B, válida pelo ano de 2020, mas encerrada em 2021.

O Leão ainda está no Z4, mas se não fosse a vitória da Ponte Preta ontem, fora de casa, contra o Remo, estaria a um triunfo de deixar a zona maldita. Agora está a quatro pontos, uma perspectiv­a boa para quem esteve a oito.

A cereja do bolo da boa fase foram os 4x0 contra o Brasil de Pelotas, sábado, no Barradão. Tudo bem que era o lanterna, mas, ainda assim, o Vitória atuou bem e goleou, para alegria dos torcedores que foram ao estádio.

“Era, sim, o que o time precisava. Foi uma vitória muito contundent­e, o time hoje foi muito sólido na maior parte do duelo. O que traz confiança para o nosso ataque, são sete gols em dois jogos. Hoje (sábado), finalizamo­s 17 vezes, sendo 10 na direção do gol. É uma coisa que a gente tem trabalhado muito, todos os dias, com eles e tenho que agradecer muito aos jogadores pela raça e determinaç­ão. O time deu orgulho hoje”, comentou o treinador Wagner Lopes, após o duelo.

“Como já disse aqui, eu acredito muito no trabalho que está sendo feito pela comissão fixa e pela diretoria. Mesmo com todos os problemas internos que temos, estamos buscando fazer o melhor e os jogadores estão correspond­endo. Mas são processos que ainda estão em desenvolvi­mento”, disse o treinador.

Um dos jogadores que subiram no conceito foi o atacante David, autor de dois gols. “Sandro (Rosa, auxiliar-técnico) teve uma conversa muito profunda, muito boa, com ele. Acredito que ajudou bastante a motivar o David, trazer ele de volta para os trilhos que a gente esperava dele. É um cara que trabalha muito, que está sempre buscando uma oportunida­de”, explicou Lopes.

O JOGO

Enfrentar o lanterna em casa, com torcida no Barradão, após uma vitória indiscutív­el pela pré-Copa do Nordeste… O cenário para o Vitória era perfeito no sábado.

Fabinho confirmou a boa fase e abriu o placar aos 35 minutos do 1º tempo, marcando o seu segundo gol em jogos seguidos – ele havia feito o primeiro com a camisa rubro-negra nos 3x0 contra o Itabaiana, na última terça-feira (19), pela pré-Copa do Nordeste.

Sem Manoel, com uma lesão na face, o treinador Wagner Lopes lançou David como camisa 9. E deu certo, porque aos 37 da primeira etapa ele recebeu em velocidade nas costas da defesa e, imparável, marcou o segundo do Leão num intervalo de dois minutos. Roberto ainda converteu pênalti aos 50 minutos e, com um 3x0, fechou um primeiro tempo dos sonhos para os rubro-negros que foram ao segundo jogo com torcida no Barradão desde o começo da pandemia. De longe, a melhor atuação do Vitória numa Série B até aqui sofrível.

Para não deixar dúvidas da sua condição ao treinador, David ainda fez outro. Aos 36 da etapa final, recebeu cruzamento na medida de Roberto e fuzilou de cabeça o gol de Marcelo.

Foi uma vitória muito contundent­e, o time hoje foi muito sólido na maior parte do duelo. O que traz confiança para o nosso ataque, são sete gols em dois jogos Wagner Lopes Técnico do Vitória, sobre a goleada de 4x0 sobre o Brasil de Pelotas, no sábado

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