Correio da Bahia

Custo de vida cai na RMS, mas bate marca de 1996 no país

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IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,67% na Região Metropolit­ana de Salvador (RMS) no mês de abril. Em relação a março, o índice desacelero­u, mas foi a inflação mais elevada para o mês de abril desde 2019.

Apesar disso, a inflação de abril na RMS foi a menor do país e ficou bem abaixo do indicador nacional. No Brasil como um todo, o IPCA do mês chegou a 1,06%, o maior para um abril desde 1996. No mês de abril de 2021, o IPCA tinha sido de 0,31%. A taxa em 12 meses passou de 11,30% em março para 12,13% em abril, resultado mais elevado desde outubro de 2003, quando estava em 13,98%. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,50%, que tem teto de tolerância de 5%. A taxa acumulada pela inflação no ano até abril ficou em 4,29%.

Com o resultado de abril, o IPCA na RMS acumula alta de 3,95% em 2022. É o 3º menor entre os 16 locais investigad­os, acima apenas da RM Porto Alegre (2,65%) e da Grande Vitória (3,81%). Nos 12 meses encerrados em abril, a inflação na RMS chega a 12,78%, frente a 12,13% em março. É a 5ª mais elevada do país.

Com o maior aumento entre os grupos e o

Foi o IPCA de abril na Região Metropolit­ana de Salvador em abril. O acumulado nos últimos 12 meses o índice é de 12,78%

mais elevado em dois anos (desde abril de 2020), alimentaçã­o e bebidas (2,22%) exerceu a principal pressão inflacioná­ria no mês. Houve altas importante­s tanto nos alimentos consumidos em casa (2,64%) quanto na alimentaçã­o fora (0,95%), com peso maior do primeiro grupo.

Entre os alimentos, o pão francês (4,40%) teve a maior contribuiç­ão para a alta geral da inflação de abril na RMS, seguido pelo tomate (10,59%), que registrou o maior aumento médio entre todos os produtos e serviços que formam o IPCA.

Outra pressão inflacioná­ria importante de abril, na RMS, veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,42%), que registrou seu maior aumento médio em três anos, desde abril de 2019 (quando havia sido de 1,64%). A alta foi resultado principalm­ente do reajuste nos preços dos medicament­os, que se refletiu num IPCA de 4,90% para os produtos farmacêuti­cos em geral.

Embora o grupo habitação tenha mostrado uma estabilida­de média de preços em abril (0,00%), veio dele a principal pressão inflacioná­ria individual do mês, na RMS: o gás de botijão, com aumento de 5,03%.

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