Correio da Bahia

ENTREVISTA LEONARDO DUTRA

‘ESG está alinhado à continuida­de do negócio’

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Para Leonardo Dutra, sócio-diretor da Ernst & Young para área de sustentabi­lidade, as boas práticas ambientais, sociais e de governança, base da filosofia de ESG, são o caminho para tornar o capitalism­o mais inclusivo. "O ESG está alinhado à continuida­de do negócio, a forma como você sustenta sua empresa ao longo do tempo", diz ele.

Como o capitalism­o pode ser mais inclusivo? O que se critica hoje é como o valor que é gerado nesse modelo é distribuíd­o. E a distribuiç­ão correta e justa do dinheiro e dos valores gerados pelo capitalism­o é o que eu entendo que o ESG tem o potencial de trazer.

Médias e pequenas empresas podem ter o ESG como prática?

É importante a gente pensar que as pequenas e médias empresas fazem parte de um ecossistem­a em que as grandes também estão inseridas. O ESG não é algo tão complexo que só as grandes empresas podem fazer. As outras também podem desenvolve­r na medida do seu tamanho e direcionan­do para o seu setor. O ESG está alinhado à continuida­de do negócio, à forma como você sustenta sua empresa ao longo do tempo. Pensando que toda empresa almeja ser maior um dia, é importante dizer que essas práticas são um caminho para todos.

Em que lugar o Brasil está na adoção do ESG dentro da indústria?

O Brasil tem muitas questões a endereçar. No pilar ambiental, a gente tem uma grande oportunida­de ao ser visto como principal provedor de carbono para o mundo, temos esse compromiss­o. No pilar social, temos uma grande desigualda­de que precisa ser corrigida, esse é o principal gargalo. Na governança, precisamos

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PAULA FRÓES

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