Correio da Bahia

Apesar da crise, mercado está aquecido em 2022

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Dados da Associação dos Registrado­res de Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-Ba) mostram que, de 2020 para 2021, o número de casamentos civis cresceu 25% (de 43.711 para 54.937). De 2021 para 2022, no entanto, de janeiro a abril, o número caiu em 15%, de 17.834 para 15.009. Mas quem é do ramo aponta que muitos casaram no civil durante a pandemia e, agora, estão casando nas igrejas e realizando festas.

Esse é o caso de Mirella Mattos, 29, e Marcel Andrade, 29. Os dois se casaram no civil em março de 2021. “Decidimos esperar para fazer a festa com a grandeza que sempre planejamos”, diz Mirella.

O padre Luís Simões, da Igreja Nossa Senhora da Vitória, uma das mais requisitad­as para casamentos em

Salvador, apresenta os números. De janeiro a abril de 2019, somente um casamento foi celebrado lá. No mesmo período deste ano, já foram sete cerimônias. Mais 11 casamentos estão confirmado­s para acontecer até o final de 2022.

Assim como as cerimônias nas igrejas, as festas também têm alta procura. Segundo a administra­dora do espaço de eventos Canto Verde, Juliana

Ornelas, só não foi possível recuperar o prejuízo da pandemia ainda por conta da crise, mas o mercado de casamentos em 2022 está aquecido. “Esse início de ano foi muito bom, principalm­ente fevereiro e março. Em março, eu tive 200 pedidos de orçamento, mas já cheguei a ter 400 em um mês antes da pandemia”, acrescenta. O espaço de Juliana Ornelas tem casamentos marcados até 2023.

A assessora de casamento Ana Flávia Nascimento conta que 2022 já teve um aumento de 70% no número de casais buscando orçamento na comparação com 2021. Mas faz a ressalva: “Entre a busca e o fechamento há um grande espaço aí por conta do cenário econômico, que tem segurado essa retomada, sendo um fator determinan­te para os casais”, diz.

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