McDonald’s e Renault anunciam saída da Rússia
MERCADO A montadora francesa Renault e a cadeia de fast-food McDonald’s anunciaram ontem que estão de saída definitiva da Rússia. As decisões dão sequência à debandada de grandes grupos multinacionais do país após a invasão da Ucrânia.
A Renault aprovou acordo para vender 100% de suas ações das operações na Rússia para o governo da cidade de Moscou. Também foi autorizada a venda de sua participação de 67,69% na AvtoVAZ, maior fabricante de carros da Rússia, para a Nami, centro automotivo de pesquisa e desenvolvimento apoiado pelo governo russo.
O gigante americano McDonald’s também anunciou sua saída, três décadas após entrar na Rússia em 1990, como um símbolo do capitalismo nos escombros da União Soviética, que se aproximava da dissolução (em dezembro de 1991).
A cadeia de restaurantes calculou encargos entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão com os planos de desinvestimento. A rede venderá todas as filiais russas a um comprador local, mas manterá a posse da marca no país. Ou seja: os restaurantes que serão comprados não poderão usar o nome, o logotipo, a marca ou oferecer produtos da McDonald’s Corporation.
Atualmente, a empresa é gestora direta de 80% dos restaurantes que levam seu nome na Rússia. O McDonald’s se comprometeu a continuar pagando os 62 mil empregados até o fim da transação. Em março, pouco após a invasão da Ucrânia, o McDonald’s fechou temporariamente as 850 lojas no país.
“O compromisso com nossos valores significa que não podemos mais manter os arcos brilhando lá”, disse o diretor-geral do grupo, Chris Kempczinski.