Entre a tradição e a renovação
Prêmio Braskem homenageia o escritor Dias Gomes no ano em que volta ao presencial e ao TCA, mas celebra a inclusão do teatro virtual
A carga simbólica em torno do que acontecerá no palco do Teatro Castro Alves a partir das 20h de amanhã é grande. A 28ª edição do Prêmio Braskem de Teatro já é muito importante para as artes cênicas da Bahia, por ser um porto seguro para muitos artistas, que se viram seriamente desolados com a pandemia e ainda não enxergam perspectivas de segurança em seus trabalhos, mesmo com a retomada que já se iniciou.
Além disso, o evento ainda terá um espetáculo que homenageia o centenário do baiano Dias Gomes (1922- 1999), um dos maiores nomes da literatura, teatro e dramaturgia nacional. A montagem é dirigida por Gil Vicente Tavares. Tudo isso com a presença efetivamente presencial - com o perdão da redundância-, tão importante para o teatro.
Gil Vicente promete uma premiação marcada pela trilha sonora com canções Chico Buarque, Toquinho, Vinícius de Moraes, Edu Lobo e Moraes Moreira, que foram compostas para peças e aberturas de novelas escritas por Dias Gomes.
“Essas músicas ainda estão no imaginário das pessoas, mas muitas vezes elas não sabem que as canções foram criadas originalmente para espetáculos de Dias Gomes. Então, com esse panorama da história dele, queremos reforçar a importância desse baiano para a cultura brasileira, que vai muito além da dramaturgia”, explica Gil Vicente, que teve o apoio do diretor musical Luciano Salvador Bahia.
GIGANTE BAIANO
Gil Vicente conta que não é uma ideia nova querer homenagear Dias Gomes de maneira grandiosa. Ele, que nunca trabalhou com textos de Gomes, avalia que todo artista precisa trabalhar com alguns autores e o baiano é um deles.
“Dias Gomes se tornou alguém tão clássico que até se criou um distanciamento, parece