Reservistas russos são levados para bases militares
GUERRA O Ministério da Defesa da Rússia disse ontem que o treinamento de reservistas recém-mobilizados havia começado em toda o país, segundo o g1. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou na quarta-feira passada (21) a primeira mobilização militar do país desde a Segunda Guerra Mundial, anunciando a convocação parcial de 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia. "Os cidadãos convocados da reserva estão restaurando suas habilidades na operação e manutenção de armas, e equipamentos militares e especiais", disse o ministério em comunicado.
O Kremlin despachou ainda mais forças para seu esforço de guerra. As unidades, no entanto, não estão indo para a Ucrânia, mas para as fronteiras da Rússia com outros países, onde desde o começo da semana eles enfrentaram jovens russos tentando fugir do país em meio a um êxodo provocado pela convocação dos 300 mil reservistas.
À medida que os caminhos para os russos escaparem da ordem de convocação diminuem, o Serviço de Segurança Federal (FSB) enviou veículos blindados para as fronteiras, onde alguns homens que esperavam para fugir recebiam papéis de convocação militar, informou a mídia estatal.
As forças do FSB, a principal agência sucessora do
KGB, foram mobilizadas nas passagens de fronteira para garantir que os reservistas não deixem o país "sem cumprir as formalidades de fronteira", disse o serviço em comunicado. Muitos continuaram na fila mesmo tendo recebido a notificação, alguns deles desistiram de fugir, segundo a mídia estatal russa.
Na semana passada, Putin assinou uma lei que endurece a pena para soldados que se recusarem a combater e fugirem da convocação obrigatória. Pela nova lei, a rendição voluntária é agora punível com 15 anos de prisão, já o soldado que desertar durante o período de mobilização ou de guerra (caso dos convocados agora), pode ser punido com até 10 anos de prisão.