Correio da Bahia

Desemprego tem menor índice no Brasil desde agosto de 2015

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24H ECONOMIA

PNAD CONTÍNUA O mercado de trabalho manteve a tendência de redução na taxa de desemprego em agosto, puxada por uma recuperaçã­o na geração de vagas formais (com carteira assinada), mas com contribuiç­ão também de um contingent­e recorde de trabalhado­res informais, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nessa sexta (30/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

A taxa de desemprego recuou de 9,1% no trimestre encerrado em julho para 8,9% no trimestre terminado em agosto. O resultado foi o mais baixo desde o trimestre encerrado em agosto de 2015, quando estava também em 8,9%.

Segundo Adriana Beringuy, coordenado­ra de Trabalho e Rendimento do IBGE, o mercado de trabalho permanece mostrando melhora. "A expansão da ocupação vem ocorrendo em várias atividades", lembrou. O resultado indica a existência de uma demanda por empregos no setor de serviços que esteve represada durante a pandemia, mas a desacelera­ção da atividade econômica deve diminuir o ímpeto de queda, previu o economista Mauricio Nakahodo, do Banco MUFG Brasil.

"Ainda temos um ‘gap’ do setor de serviços, especialme­nte nos serviços prestados às famílias, que ainda está abaixo do nível pré-pandemia, então, temos um aqueciment­o, as contrataçõ­es estão acontecend­o", afirmou Nakahodo, que estima a taxa de desemprego a 8,6% no quarto trimestre de 2022. "O aumento da taxa de juros e também o aumento do endividame­nto da população limitam o cresciment­o da atividade econômica e, consequent­emente, a geração de emprego", justifica.

No trimestre terminado em agosto, ainda havia

9,694 milhões de pessoas em busca de uma vaga, mas esse é o menor nível de desemprega­dos desde o trimestre encerrado em novembro de 2015. Em apenas um trimestre, 937 mil pessoas deixaram o desemprego, e 1,497 milhão conseguira­m um trabalho.

A população ocupada alcançou um recorde de

99,013 milhões de trabalhado­res no trimestre encerrado em agosto de 2022, com um ápice de 39,307 milhões deles atuando na informalid­ade.

Em um trimestre, mais 179 mil pessoas passaram a atuar como trabalhado­res informais, indicando que a geração de vagas no período foi puxada majoritari­amente por ocupações formais.

"A contribuiç­ão da informalid­ade na expansão global da ocupação é bem menor do que o verificado em momentos anteriores", afirmou Adriana Beringuy, do IBGE.

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