Câmara dá início a 2023 em clima de pacificação
Abertura do ano legislativo, ontem, contou com presença do prefeito Bruno Reis
Se tem gente que brinca ao falar que o ano só começa após o Carnaval, na Câmara de Vereadores de Salvador a banda toca diferente. Ou melhor, toca antes. Ontem, houve a sessão solene de abertura do ano legislativo, contando com a leitura de carta do Executivo Municipal, realizada pelo prefeito Bruno Reis.
Um rito democrático que serviu para, além de abrir diálogo com os vereadores, reafirmar a intenção de se manter uma relação pacificada entre a Casa e a gestão municipal, diferente do que ocorreu em 2022, no período das eleições.
"O presidente da Câmara, nas palavras dele, deixou claro que a política ficou no ano passado. Agora, o compromisso de todos nós é com a cidade. [...] Nesse espírito, vamos construir os consensos necessários para aprovar matérias importantes", disse Bruno Reis.
PAUTA
Carlos Muniz (PTB), presidente da Casa no biênio 2023-24, reforçou a fala de Reis afirmando que não existem ‘projetos prioritários’ e que o foco da Câmara de Vereadores será apreciar e votar as matérias que forem colocadas em pauta por todos.
"De minha parte, a relação com o Executivo vai ser a melhor possível. [...] Todos os projetos de vereadores serão apreciados, qualquer que seja ele. Só precisam ser constitucionais. A prioridade é pelo projeto que estiver na pauta", afirmou Muniz.
Sendo assim, pelo menos a princípio, nenhum projeto do Executivo Municipal terá a prioridade da Câmara nos primeiros meses de 2023. Isso porque, até agora, o prefeito Bruno Reis afirma não ter um projeto de maior relevância para enviar para apreciação e votação da Casa.
"Não há tramitando na casa e não tenho previsão de envio de projeto. É natural que, à medida que o tempo vá passando, a cidade vá demandando mais novas adequações na sua legislação. Sendo necessário, vamos enviar', garantiu Reis.
COMISSÕES
Sobre as comissões da Câmara, Reis disse que as decisões ficam inteiramente a cargo dos vereadores. Kiki Bispo (União Brasil), líder do governo na Casa, não adiantou qualquer nome, mas garantiu que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ), que é considerada a mais importante, vai ficar na base governista.
"O que sabemos é que a CCJ ficará com os vereadores membros da base do governo. Já estamos buscando esse entendimento [de quem serão]
Bruno Reis com os partidos que compõem a base e, até segunda-feira, vamos anunciar", informou Kiki.
Para o governo, a CCJ é tão ou mais importante que a própria presidência da Câmara. Isso porque todas as matérias passam pelo crivo dessa comissão, que tem como função verificar a constitucionalidade dos projetos apresentados e se constitui
A população conquistou uma Prefeitura que agora investe 86% dos recursos nas áreas mais pobres
em uma espécie de 'filtro' dos projetos que são enviados para apreciação.
Tanto a base governista como também os membros da oposição acenaram para um anúncio da instalação e composição da CCJ, bem como das demais comissões da Casa, na próxima segunda-feira, dia 6, no Plenário Cosme de Farias, na Câmara de Vereadores de Salvador.
Prefeito de Salvador