Correio da Bahia

Hospital da capital participa de estudo sobre o Parkinson

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ROBERTO SANTOS Uma equipe do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) vai fazer parte de um estudo inédito no Brasil que terá dados aprofundad­os sobre a prevalênci­a e incidência da doença de Parkinson na população, a partir de um estudo de abrangênci­a nacional. Na Bahia, o HGRS será responsáve­l pela coleta e análise dos dados, além do atendiment­o aos pacientes.

Comandado pela Universida­de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em associação com The Michael J. Fox Foundation, o estudo de base populacion­al vai acompanhar por volta de 8 mil indivíduos acima de 60 anos, durante cinco anos, na Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e Distrito Federal. A cidade escolhida na Bahia para coleta dos dados foi Jacobina, no centro-norte baiano.

“Nós vamos dizer, de fato, qual é a prevalênci­a da doença de Parkinson no Brasil. Até então, não temos um dado fidedigno, como vários outros países têm, e isso é decisivo para a construção de políticas de saúde pública. O Estado pode planejar quantos medicament­os serão alocados, quanto é necessário para a reabilitaç­ão desses indivíduos, entre outras políticas públicas que necessitam dos números epidemioló­gicos”, explicou o neurologis­ta Guilherme Valença, um dos coinvestig­adores principais da pesquisa e coordenado­r do Ambulatóri­o de Transtorno­s do Movimento e Doença de Parkinson do Roberto Santos.

Na primeira fase do estudo, serão aplicados questionár­ios para triagem de parkinsoni­smo e distúrbio do comportame­nto do sono. Posteriorm­ente, os casos rastreados como positivos serão examinados.

Pelo período de cinco anos, esses indivíduos serão acompanhad­os, bem como aqueles com parkinsoni­smo sutil e uma amostra de indivíduos saudáveis.

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