Correio da Bahia

REPROVADO NO TESTE

Bahia No primeiro jogo contra um time de Série A no ano, tricolor é presa fácil para o Fortaleza na Fonte

- Gabriel Rodrigues REPORTAGEM gabriel.rodrigues@redebahia.com.br

O Bahia viveu uma noite para apagar da memória ontem, quando levou um baile do Fortaleza no primeiro tempo, sofreu três gols em um período de 36 minutos na Fonte Nova e amargou mais uma derrota na Copa do Nordeste, a segunda em três rodadas: 3x0.

Irreconhec­ível, o time baiano foi facilmente superado pelo adversário. Thiago Galhardo, Romarinho e Benevenuto balançaram as redes para o time cearense e deixaram o Leão do Pici com uma vantagem muito boa que foi administra­da no restante da partida.

O resultado deixa o Bahia em situação complicada no Nordestão. O time somou apenas um ponto e é o vice-lanterna do grupo B, à frente do Campinense pelos gols pró.

No maior teste da temporada até aqui, o técnico Renato Paiva colocou em campo a base que se consolidou como titular, exceto pelas ausências do zagueiro Kanu e do volante Rezende, machucados. E logo no primeiro minuto o time teve uma chance com Kayky, que chutou fraco, e recuperou uma bola na saída de jogo do Leão que poderia ter sido melhor aproveitad­a.

O minuto seguinte foi cruel. A defesa falhou e Thiago Galhardo saiu livre em velocidade. Ele driblou o goleiro Marcos Felipe e fez o primeiro gol do Fortaleza.

O Bahia sentiu o golpe e demorou um pouco para se reorganiza­r. Mais cômodo no jogo, o Fortaleza encontrou na defesa baiana o caminho das pedras e passou a jogar no erro do Esquadrão. Só não marcou o segundo em uma bola cruzada na área porque Hércules não alcançou.

A situação piorou aos 24 minutos. Romarinho carregou a bola como quis na frente da área, ninguém pressionou e o atacante mandou uma bomba sem chance de defesa para Marcos Felipe: 2x0.

O Bahia estava entregue, e o terceiro gol não demorou. Na cobrança de falta na área, a defesa fez linha de impediment­o e Benevenuto, livre, mandou para o fundo da rede. Estava impedido, mas a arbitragem validou o lance.

A torcida, que estava insatisfei­ta, intensific­ou os protestos. O lateral Cicinho foi o principal alvo, sendo vaiado a cada toque na bola. O fim do primeiro tempo soou como alívio para o time da casa.

Renato Paiva colocou Jacaré e Mugni nas vagas de Diego Rosa e Kayky, respectiva­mente. O Bahia continuou com o seu padrão de jogo, de toque na tentativa de articulaçã­o. Aos poucos, o time encontrou brechas na defesa adversária. Biel finalizou na saída do goleiro Fernando Miguel, que evitou o gol.

Mas bastava o Fortaleza avançar um pouco que a fragilidad­e tricolor ficava exposta. Com a boa vantagem no placar, o time cearense fez um jogo seguro e controlou quase sem levar perigo.

Renato Paiva voltou a mexer no time, colocando Matheus Bahia e Patrick Verhon, mas a pressão que se esperava não aconteceu. O jogo chegou a ficar morno em parte do segundo tempo. Só na reta final as chances claras apareceram. A cabeçada de Everaldo parou na defesa de Fernando Miguel. Do outro lado, o chute de Pikachu tirou tinta. Ao final da partida, a torcida gritou “time pipoqueiro”.

O próximo compromiss­o tricolor será durante o Carnaval. Visita o Atlético de Alagoinhas na sexta-feira, às 21h, no Carneirão.

Campinense

Santa Cruz

CSA

Bahia

Ceará

0x0 2x1 1x1 0x3 3x2

x x x

CRB Atlético Ferroviári­o Fortaleza Sport

Vitória Fluminense-PI Sampaio Corrêa

Uma derrota que a gente não pode aceitar. A gente foi para o intervalo com três gols. O professor conversou com a gente, temos que nos impor para buscar a classifica­ção Jacaré Atacante do Bahia

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil