SETE GOLPES MAIS COMUNS
1. FALSO FUNCIONÁRIO
OQUEÉ O fraudador entra em contato com a vítima, se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento. Diz que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos e solicita dados pessoais e financeiros da vítima em potencial.
COMO EVITAR Verifique sempre a origem das ligações e mensagens recebidas. A Febraban reforça que o banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão, e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.
2. PHISHING
OQUEÉ Também chamada de pescaria digital, é uma fraude eletrônica cometida pelos engenheiros para obter dados pessoais. A forma mais comum de um ataque de phishing são as mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links maliciosos. Também existem páginas falsas na internet e mensagens com promessas de brindes e descontos compartilhadas em redes sociais.
COMO EVITAR Sempre verifique se o endereço da página de internet é o correto. Para garantir, não clique em links suspeitos e digite o endereço no navegador. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados.
3. FALSO MOTOBOY
OQUEÉ O golpe começa com uma ligação de uma pessoa que se passa por funcionário do banco e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. O fraudador orienta a vítima a cortar o cartão ao meio e solicitar um novo via atendimento eletrônico do banco. O falso funcionário pede ainda que a senha seja digitada no telefone e diz que um motoboy irá buscar o cartão para uma perícia.
COMO EVITAR Nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão em casa.
4. FALSO LEILÃO
OQUEÉ O fraudador envia um link que simula um falso leilão. Para que haja um lance, a vítima tem que preencher formulários com seus dados ou depositar um valor na conta do fraudador. Com dados como senha, número do cartão e CPF, o golpista consegue fazer transações financeiras não autorizadas.
COMO EVITAR O cliente nunca deve enviar dados, senhas e acessos a ninguém. É necessário sempre verificar a origem de qualquer link antes de abri-lo, assim como a veracidade do site de leilão e avaliações
A Bahia tem dimensões de um país. Quem é a pessoa que está deixando de ter atendimento no interior do estado? A primeira coisa: falta a algumas pessoas existirem para o país. Vamos a municípios onde sequer a Defensoria está instalada, por meio da Defensoria móvel. Fomos a Canudos, por exemplo, onde encontramos pessoas com 18 anos e sem documento. Elas não existem oficialmente. Se você não tem documento, não tem paternidade reconhecida, a existência formal deixa de existir e a existência é muito cara para nós. Tudo impacta nos desdobramentos do nosso desenvolvimento como ser humano.
Essas pessoas sabem da Defensoria Pública?
Na maioria das vezes, não. Mas quem experimenta a Defensoria Pública, mesmo com todas as dificuldades que ainda temos, essa pessoa chega ao espaço de discussão sobre seus direitos com outra perspectiva. No interior, as pessoas costumam ser atendidas por assistências jurídicas municipais, que têm vínculo partidário forte. Ou através de favor. Mas não é algo sistematizado. A importância de a Defensoria chegar ao interior é trazer um leque de direitos que ultrapassa os processos judiciais. A Defensoria promove os direitos humanos, debate questões de violência, problemas estruturais, audiências públicas. Nem sempre a atuação depende de processo judicial. Muitas vezes, somos um meio para que não precise existir esse processo, que demora, envolve burocracias.
Como melhorar as burocracias para facilitar o acesso à justiça?
Coletivamente. Não tem solução que não seja construída assim. Minha visão de Defensoria Pública é emancipatória. Não quero que as pessoas achem que o defensor público será tutor de direitos. Quero que elas saibam que são titulares de direitos e há formas de defendê-los. Elas precisam saber como fazer, precisamos distribuir essas informações. A mulher precisa saber que ela não precisa de ninguém para pedir uma medida protetiva. Isso pode ser solicitado oralmente, não precisa nem saber ler, a Lei Maria da Penha possibilita. E tem que ter uma pessoa na unidade judiciária para acolher isso.
Isso exige certa sensibilidade. O judiciário tem?
Não, mas precisamos começar e precisamos fazer alianças dentro do sistema.
No interior, as pessoas costumam ser atendidas por assistências jurídicas municipais, que têm vínculo partidário forte. Ou através de favor. Mas não é algo sistematizado