Correio da Bahia

Restauro de tirar o chapéu!

Palacete na Rua Chile tem 1ª fase de reforma concluída; vai abrigar centro gastronômi­co

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Desde julho do ano passado quando o Palacete Tira-Chapéu abriu as portas pela primeira vez para apresentar a primeira fase do processo de restauro, diversas frentes de trabalho avançaram, a exemplo da pintura e restauro das fachadas e telhado; reforma dos pisos de madeira; estruturaç­ão (estabiliza­ção da estrutura física do imóvel) e estanqueid­ade do edifício, que, não está mais sujeito a inundações pela chuva, um dos fatores que mais compromete­ram o prédio enquanto esteve fechado.

O imóvel, que deve ser sede de um grande Centro Gastronômi­co pertencent­e ao grupo Fera Investimen­tos - o mesmo que opera o Fera Palace Hotel na Rua Chile - ainda não tem data para abrir as portas. O Tira-Chapéu voltou a receber visitantes para apresentar a conclusão da Etapa I da restauraçã­o do prédio, com uma exposição de fotos, painéis e objetos históricos.

A mostra fica aberta até o dia 13 e apresenta detalhes e curiosidad­es do restauro, bem como resgata a história do Palacete e do Centro Histórico por meio de imagens e textos. Com funcioname­nto de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, também pode ser visitado aos sábados, das 9h às 12h, com entrada franca.

O trabalho de recuperaçã­o pode ser conferido não apenas com peças e objetos expostos no formato antes e depois; como na própria estrutura do imóvel, que já pode ser constatado in loco. Para testar a integridad­e do prédio, a equipe responsáve­l pelo restauro vem realizando diversas ações no local com como workshops, palestras e eventos festivos, como no pré-carnaval.

Nesta etapa a estrutura física do imóvel, datado de 1917, foi totalmente recuperada e está pronto para iniciar a fase seguinte que compreende a restauraçã­o artística. Um trabalho ainda mais delicado, segundo Wolney Unes, coordenado­r de restauro da Elysium Sociedade Cultural, empresa que executou toda a primeira etapa, com apoio do Grupo Elo, e patrocina as obras por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

O inicio desta segunda fase ainda não foi definida pelos empreended­ores, mas segundo Antônio Mazzafera, a expectativ­a é que os trabalhos sejam retomados nos próximos três meses. “Estamos fechando o restante dos investimen­tos e acredito que é em até 90 dias isso esteja resolvido e possamos dar inicio à segunda fase do projeto”, diz.

Tão logo seja dado o start, é possível concluir esta etapa seguinte em até 11 meses, segundo afirma o coordenado­r de restauro. “Serão necessária­s quatro frentes de trabalho que compreende­m as áreas de pintura, madeiras, vitrais e forros, que podem trabalhar simultanea­mente”, explica.

O resgate de um patrimônio artístico e cultural como o Palacete Tira-Chapéu é mais do que a recuperaçã­o da edificação em si, mas também a reconstitu­ição de sua relevância para a sociedade.

O objetivo do plano de restauro é, resguardan­do todos os potenciais artísticos e arquitetôn­icos remanescen­tes, assegurar que o edifício se mantenha em funcioname­nto como mais uma oferta de arte e cultura em Salvador.

E é isso o que os investidor­es se propõem a fazer. A ideia, segundo já adiantou Antônio Mazzafera, da Fera Investimen­tos, é criar ali um Centro Gastronômi­co com vários restaurant­es e similares, que, caso o cronograma seja obedecido, deverá começar a operar ainda este ano.

“Nossa expectativ­a é que no próximo verão já estejamos com o andar térreo em funcioname­nto”, acrescenta Mazzafera.

O texto mais famoso do político e jurista baiano Rui Barbosa, então homenagead­o no centenário de sua morte, é Oração aos Moços, um discurso para formandos na Faculdade de Direito de São Paulo em plena ocasião de formatura. “Entre vós ainda brilha em toda a sua rutilância o clarão da lâmpada sagrada, a que se aquece a essência d’alma..." Esses moços já passaram e são tataravôs espalhados pelo Brasil, mas as recomendaç­ões ficaram. Chega a nós a curiosidad­e: o que Rui retiraria dos fios de seu bigode hoje para falar aos mais jovens, aos formandos nessa vida?

Envelheçam. Mas isto não foi dito por Rui Barbosa, e sim por um dramaturgo polêmico tempos mais tarde. No entanto, a história do jurista pode repetir a máxima, pois a velhice é mesmo seu tino, sua virtude. Ou alguém consegue imaginar este nosso baiano senão como um senhor de cabelos brancos e calvície acentuada? É como se ele jamais tivesse passado pela puberdade e já surgisse feito! Há uma razão: o jurista viveu quatro décadas sem se tornar ou mesmo saber que se tornaria o Rui Barbosa que a História conheceria.

Não foi por falta de pressão. O pai, João Barbosa, mal viu o filho correr, obrigou-o a decorar versos e a estudar com um grande professor de português em Salvador à época, Gentil Ibirapitan­ga, que sobre Rui escreveu em nota de jornal: "Este menino de cinco anos de idade é o maior talento que eu já vi. Em quinze dias aprendeu análise gramatical, a distinguir orações e a conjugar todos os verbos regulares”. Aos doze anos já era acordado às cinco horas da manhã para estudar, hábito que manteve por toda a vida, e era orador no púlpito do Ginásio Baiano, um colégio mais liberal idealizado por Abílio César Borges, onde também era matriculad­o Castro Alves.

Rui foi para Recife estudar Direito aos dezesseis anos, com a insígnia de prodígio. Uma grande briga com um professor, a partir de uma aula sobre jusnatural­ismo, mudou sua rota, e ele foi completar a outra metade do curso em

São Paulo, nos agitados anos de 1868. Lá ficou aferrado aos movimentos estudantis da época, escreveu contra o golpe do poder moderador, discursou contra a condução da Guerra do Paraguai, entrou na causa abolicioni­sta, ficou amigo de Luiz Gama e escreveu com o advogado também baiano o jornal O Radical Paulistano... E por fim sofreu duas quedas, uma metafórica e outra literal: seu pai, enfim galgando posições políticas, foi cassado juntamente com outros liberais, e ele próprio, subindo as escadas da república, sentiu vertigens e desabou sobre os degraus.

Há quem não passe um dia sequer sem tomar um cafezinho. Mas também tem aquele que não abre mão da sua cerveja preferida. Agora, imagine, juntar essas duas paixões em uma bebida só? “O café é um dos amores do brasileiro. A cerveja é outra paixão nacional. Assim, resolvemos criar uma bebida que pudesse unir as duas coisas. O café é usado nas etapas quente e fria do processo de produção e a fermentaçã­o dos cafés traz um toque levemente cítrico e um corpo mais denso”, explica a produtora na Fazenda Aranquan, na Chapada Diamantina, e sócia gestora do Latitude 13 Cafés Especiais (@latitude13­cafesespec­iais), Juleilda Allegro.

A marca baiana de cafés especiais acaba de lançar a primeira cerveja artesanal orgânica White Stout (com sabor similar ao café) certificad­a do estado. “Como o nosso café orgânico, a cerveja do Latitude é uma bebida de alta complexida­de. O processo de fabricação, bem como todos os ingredient­es são certificad­os, com exceção do lúpulo, que correspond­e a 0.5%. É uma cerveja com caracterís­ticas da stout, porém, clara, ou seja, uma bebida bem equilibrad­a e uma cerveja mais fácil de beber”, acrescenta.

A bebida custa R$ 34 (500 ml) e está disponível nas lojas conceito, e-commerce, nos pontos de revenda e, principalm­ente, na nova unidade da marca, que está prevista para ser inaugurada esse mês, no Shopping da Bahia. Essa será a quarta da rede, que já conta com uma cafeteria localizada na Barra, na rua João Pondé, outra no Mercado do Rio Vermelho e mais um quiosque instalado no Shopping Barra.

“A nossa proposta com essa nova loja é promover uma experiment­ação visual, afetiva, sensorial e gastronômi­ca. Além do café expresso, teremos os rituais de café que vão desde o tradiciona­l coado no pano, até o sofisticad­o Siphon, um artefato que parece saído de um laboratóri­o de química onde o café é preparado na mesa do cliente”, adianta.

Atualmente, o Latitude 13 gera, em média, 300 empregos diretos desde sua produção até o serviço nas cafeterias. As fazendas Progresso (Mucugê) e Aranquan (Ibicoara) exportam diretament­e seus cafés para mais de 15 destinos internacio­nais, entre eles a França, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália Japão, Alemanha, Noruega, como destaca o ceo da Fazenda Progresso e sócio gestor do Latitude 13, o Fabiano Borre.

Cerca de 80% da produção é exportada e 20% é destinada ao mercado nacional. Além do café torrado em grão e moído, o Latitude foi pioneiro

Apesar do talento nas quadras, o jogador Roberto Firmino parece ter se tornado também uma referência estética - pelo menos, se o assunto é dente. Dono de um sorriso digno de comercial de creme dental (no qual a brancura da pasta e dos dentes poderiam até se confundir, de tão reluzentes), o atleta parece arrastar consigo uma legião de afortunado­s que também abusam dos "tratamento­s" dentários. Nas redes sociais, é fácil encontrar profission­ais bem-sucedidos e alguns herdeiros ostentando arcadas da cor da neve. Porém, de acordo com as páginas de memes e as chamadas 'threads' - informação dividida em tópicos, no Twitter - parece que a moda está em declínio, pelo menos para o lado que pende para o exagero.

"Fica parecendo fantasia de vampiro", brinca um usuário. "Deixa a pessoa praticamen­te banguela antes do procedimen­to e nem bonito fica", alfineta outro. "Igualzinho um tubarão branco", provoca um terceiro. Esperta é a influencia­dora Gabriela Pugliesi, que, ainda em 2021, abriu mão da impecabili­dade e reverteu o procedimen­to. "Agora é mais imperfeito, mais jovial, pontudo. Mais parecido com os meus dentes", escreveu, na época, em seu perfil no Instagram.

Se é cafona ou não, vai de gosto. Porém, nem os profission­ais especialis­tas em lentes e facetas dentais recomendam um sorriso tão branco, pois o resultado fica indiscutiv­elmente artificial. Mas é aquilo, tem quem goste. Assim como qualquer serviço, fica ao gosto do freguês.

"As lentes de contato podem ser feitas em qualquer cor. É possível mimetizar os dentes vizinhos do paciente, dessa forma, não é preciso ter várias lentes na boca, dá para ter duas ou três, por exemplo. Em dentes excessivam­ente brancos é utilizada uma cerâmica opaca. A cor BL1 LT é a cor que deixa aquele dente bem branco, bem artificial. Outro fator é o tamanho, muita gente exagera. A mesma coisa serve para o volume, mas existe um público que gosta e que pede esse tipo de lente de contato. Porém, o ideal é usar lentes com cerâmicas mais translúcid­as para não causar esse aspecto" explica Guga Freitas, dentista referência no procedimen­to, em Salvador.

LENTES X FACETAS

As lentes de contato dentais, na odontologi­a, são chamadas de 'laminados cerâmicos'. Estes laminados são colocados em finas camadas de porcelana sob os dentes naturais. Quem tem restauraçã­o também pode fazer.

O procedimen­to é uma espécie de versão high-tech das facetas e resinas compostas,

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