Salvador e RMS registram 118 tiroteios
AUMENTO DA VIOLÊNCIA O ano mal começou e os dados que refletem a insegurança em Salvador dão sinais de crescimento. O relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado apontou para a ocorrência de 118 tiroteios no mês de fevereiro na capital e Região Metropolitana, sendo 79 pessoas mortas e outras 24 feridas - um aumento de 23% no total de pessoas atingidas. No mês anterior, foram 109 tiroteios, com 72 mortos e 12 feridos.
Trinta e sete tiroteios ocorreram em ações e operações policiais e 31 foram em meio a disputas entre facções. Seis pessoas foram vítimas de “balas perdidas”. Destas, uma foi morta e outras cinco ficaram feridas. No dia 5, houve o maior número de ocorrências, com 12 tiroteios ao todo, seis deles em meio a disputas, que deixaram duas pessoas feridas.
Os dados do Instituto Fogo Cruzado indicaram um aumento no número de pessoas mortas em disputas, desde os primeiros registros do órgão, em julho de 2022. Até o mês anterior, os dados apontavam para o maior repessoas foram mortas e 24 feridas considerados adultos, 75 pessoas foram mortas e 19 ficaram feridas. A violência armada também atingiu dois adolescentes e uma criança.
A violência do final de semana, com duas tentativas de chacina, deixaram três mortos na Ribeira e 10 feridos em Tancredo Neves, incluindo três crianças. Mas essas ocorrências não foram contabilizadas, já que ocorreram neste mês de março.
Em fevereiro, entre os casos marcantes está o da criança de 2 anos, baleada na barriga durante uma ação policial numa localidade conhecida como Fonte do Capim, no bairro da Fazenda Grande do Retiro, no dia 26, em Salvador. Durante o Carnaval, na madrugada do dia 20, a advogada Saadya Gomes, 29 anos, foi morta a tiros dentro do carro, no bairro do Tancredo Neves, quando voltava de um camarote do Circuito Barra/Ondina.
Para Dudu Ribeiro, cofundador da Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas, o alto número de tiroteios aponta para uma falência na atual política de segurança.
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