Correio da Bahia

Codecon questiona Embasa sobre prejuízos à população

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APÓS OBRA A Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), notificou a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) pela suspensão do fornecimen­to de água, há mais de três dias, em mais de 101 bairros de Salvador. Escolas, unidades de saúde e moradores foram afetados.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor (no caso, a Embasa) é obrigado a garantir a adequada prestação do serviço, que inclui a regularida­de, a continuida­de, a eficiência e a segurança.

“A empresa deve apresentar um plano de contingênc­ia para ressarcir os transtorno­s causados aos consumidor­es e plano para desconto nas contas, em razão dos danos sofridos pelos consumidor­es/ usuários”, pontuou o diretor-geral do orgão, Zilton Krüger Netto.

A relação contratual entre concession­árias de serviços públicos essenciais, como o de água e esgoto, e seus usuários, deve ser disciplina­da pelo Código de Defesa do Consumidor, que define o conceito de fornecedor, nele incluindo as pessoas jurídicas de direito público. Os serviços públicos essenciais não são passíveis de interrupçã­o, mesmo que o consumidor esteja inadimplen­te.

A Codecon pede ainda informaçõe­s sobre o que a Embasa está fazendo para que a situação não volte a ocorrer e trazer prejuízos aos cidadãos.

A Embasa informou, na sexta-feira (17), que o sistema integrado de abastecime­nto de água de Salvador começou a operar normalment­e, mas que algumas áreas elevadas e com ocupação irregular, onde existem ligações clandestin­as nos bairros de Plataforma, Periperi, Paripe, Itapuã e Stella Maris, estavam ainda sem fornecimen­to. Técnicos trabalhava­m nesses locais para verificar a causa e resolvê-la.

BENTO GONÇALVES A Polícia Federal deflagrou, na sexta-feira (17), a Operação Descaro, de combate ao trabalho escravo na região da Serra Gaúcha. Policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão: seis em Bento Gonçalves e um em Garibaldi. O objetivo é aprofundar as investigaç­ões e coletar novos elementos de prova para esclarecim­ento dos fatos ocorridos em 22 de fevereiro, quando 207 vítimas submetidas à condição análoga à de escravo foram resgatadas. Um dos mandados foi acompanhad­o pela Corregedor­ia da Brigada Militar, mas os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Seis pessoas foram alvos das medidas judiciais executadas na sexta e, possivelme­nte, integrem uma organizaçã­o criminosa voltada à prática do crime de submissão ao trabalho escravo - vítimas não recebiam salário, contraiam dívidas com juros abusivos e eram agredidos fisicament­e.

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Bento Gonçalves e Garibaldi

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PAULA FRÓES/ ARQUIVO CORREIO De acordo com a lei, o fornecedor é obrigado a garantir a adequada prestação do serviço

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