Correio da Bahia

INTERESSE DE INVESTIDOR­ES ESTÁ POR TRÁS DA ALTA

- Paula Fróes foto paulafroes@ gmail.com

O cresciment­o da profissão de assessor de investimen­tos está diretament­e ligado a um aumento da demanda. Há cada vez mais pessoas interessad­as em aprender mais e fazer investimen­tos, independen­te da condição financeira atual. A administra­dora Monique Tamiozo, 42 anos, buscou uma assessoria de investimen­tos quando quis mudar a forma de guardar seu dinheiro.

“Venho de uma família muito humilde, então eu sempre ouvi que não era possível fazer algumas coisas porque não tinha dinheiro. Sempre tive em mente que não ia repetir essa abordagem, então eu sempre guardei. Hoje, tenho plena consciênci­a de que não só guardei como perdi dinheiro, por não ter feito investimen­tos desde o início”, conta.

Até quatro anos atrás, ela só guardava dinheiro na poupança do banco. Aos poucos, foi percebendo que amigos estavam fazendo esse movimento de investir. Desde então, ela faz investimen­tos pensando no futuro. Continua trabalhand­o em uma grande empresa, mas também virou nômade digital. Há dois anos, vive em diferentes cidades do país.

“Os investimen­tos me ajudaram porque me dão certo conforto. Tenho como meta viver dentro do que eu já vivia e não mudar nada. Não mexo na grana que tenho investida, mas mexo na minha rotina. Antes, meu aluguel era muito alto”.

Já a publicitár­ia Ivna Pires, 32, buscou um planejador financeiro para ajudá-la a direcionar melhor nos investimen­tos. Por muito tempo, ela tinha apenas dinheiro guardado na poupança. Até que, quatro anos atrás, decidiu investir também. “Fui procurar ajuda profission­al partindo das minhas necessidad­es e expectativ­as para o futuro. Foi assim que fui entender o que era uma carteira de investimen­tos”, conta.

Quando começou, tinha acabado de trocar de emprego, onde saiu de um contrato em regime CLT, com todos os direitos trabalhist­as, para o de pessoa jurídica. Dentro dos objetivos dela, Ivna começou a montar planos e metas mensais. Começou com renda fixa e, hoje, já tem também ativos em renda variável.

“Meus pais e minha família não tinham dinheiro para investir, só para sobreviver. Só colocavam na poupança. A consultori­a me deu segurança porque eu não entendia nada sobre isso, precisava entender como funciona e quais eram os caminhos”.

chegava num prazo mínimo de 30 dias. Se for um item internacio­nal, chega a 120 dias de espera. Ganhamos este tempo também, pois uma peça que levaria 40 dias para chegar nós imprimimos em 12 horas”, disse a engenheira da CCR Metrô, Stefane de Freitas.

FLUXO

A média atual é de 60 peças impressas, todo mês. Mas é uma estimativa, pois o departamen­to trabalha com projetos. Digamos que o setor civil da empresa solicite um projeto onde terão que ser confeccion­adas 200 peças, como foi o caso do arejador de água instalado em todas as pias dos banheiros do metrô. Elas foram impressas pelos estagiário­s de engenharia e ficam no bico da torneira, fazendo uma economia e controle de água, impedindo vazamentos. Já outros projetos precisam apenas de uma peça.

Em dois anos de projeto, foram feitas mais de 50 demandas na impressora. Nos primeiros 29 projetos, foram gastos com energia, filamento de plástico (como o cartucho de tinta) e hora de trabalho cerca de R$ 3 mil. Contudo, se todas as peças impressas fossem compradas, a CCR Salvador teria que desembolsa­r R$ 190 mil. Quer outro exemplo? Com o tempo, os rádios comunicado­res utilizados no metrô pelos funcionári­os perdem o botão que aciona a comunicaçã­o. Para fazer a troca, é preciso levar todo o aparelho para a manutenção, que custa R$ 633 e demora um mês para retornar. Com R$ 60 reais, os estagiário­s imprimiram dezenas de botões, durante duas horas. Problema resolvido.

“Temos um ganho financeiro, mas existem outros também. O tempo de espera nesta logística de solicitar material, comprar, chegar, estocar. Vamos lá e imprimimos sob demanda. Ninguém precisa operar a máquina, vamos no programa, fazemos o projeto e a impressora 3D faz o resto. Sem contar o upgrade, né? Temos a possibilid­ade de fazer uma peça melhor que a original. Ganhamos com tempo, custo e melhoria”, disse o idealizado­r do projeto, Gabriel Nobre, ex-estagiário e hoje contratado como engenheiro da CCR Metrô. Lógico.

Atualmente, o estagiário Bruno Cruz é responsáve­l por toda demanda da impressora. A empolgação do estudante é nítida e natural. “Tenho uma impressora 3D em casa, é o futuro. Diria que aprendo mais aqui que na própria faculdade, pois coloco em prática nossas ideias, a empresa abraça os projetos. Hoje utilizamos plásticos biodegradá­veis e materiais que visam a segurança, que não propagam chamas, por exemplo. É difícil até estabelece­r a quantidade de ganho disso tudo”, explica Bruno.A empresa agora estuda adquirir impressora­s mais potentes para equipament­os maiores e complexos. Outros metrôs pelo país já estão de olho no projeto dos estagiário­s.

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